Governos espanhol e catalão reúnem-se para debater futuro da região

  • Lusa
  • 26 Fevereiro 2020

Sánchez quer discutir alterações ao atual estatuto autonómico da Catalunha, dentro do respeito pela Constituição de Espanha que defende a unidade do país.

O Governo espanhol e o da comunidade autónoma da Catalunha, maioritariamente independentista, têm esta quarta-feira em Madrid a primeira reunião da “mesa de diálogo” sobre o futuro daquela região.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e o presidente do executivo regional, o independentista Quim Torra, partem para o encontro com posições muito afastadas sobre o lugar que a Catalunha deve ocupar em Espanha.

Sánchez quer discutir alterações ao atual estatuto autonómico da Catalunha, dentro do respeito pela Constituição de Espanha que defende a unidade do país.

Por seu lado, Torra vai meter o acento tónico no “reconhecimento e exercício do direito à autodeterminação da Catalunha”, e o “fim da repressão, amnistia e reparação”, do qual faz parte a libertação do que chama serem “presos políticos”.

Com a realização desta primeira reunião, Pedro Sánchez cumpre o compromisso negociado com o partido independentista Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) de criar uma “mesa de diálogo” com o executivo regional, embora Quim Torra, que pertence a outro partido separatista, o Juntos pela Catalunha (JxCat), olhe com desconfiança para este instrumento de resolução do conflito catalão.

O primeiro-ministro espanhol conseguiu ser reconduzido em meados de janeiro, depois de negociar a criação desta “mesa de diálogo” com a ERC, que agora está a disputar a liderança do movimento separatista com o JxCat do presidente regional.

A comunidade autónoma da Catalunha tem um forte movimento separatista, tendo os partidos independentistas assumido a direção do Governo regional desde 2015 em eleições sucessivas.

Os políticos catalães que organizaram um referendo ilegal sobre a autodeterminação da região foram julgados no ano passado e estão a cumprir penas que vão até um máximo de 13 anos de prisão, por crimes de sedição e/ou má gestão de fundos públicos.

Um grupo de independentistas está fugido no estrangeiro não tendo ainda sido julgados, entre eles o ex-Presidente do executivo catalão Carles Puigdemont, que está na Bélgica, e foi eleito deputado do Parlamento Europeu.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Governos espanhol e catalão reúnem-se para debater futuro da região

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião