Petróleo continua a cair. Barril está mais perto dos 25 dólares
Por todo o mundo, há fábricas paradas, mas também milhões de consumidores fechados em casa. Procura global pela matéria-prima está a afundar, arrastando os preços nos mercados internacionais.
O petróleo continua a perder valor nos mercados internacionais. Numa altura em que os países anunciam biliões de dólares de estímulos para conter o impacto do coronavírus na economia, os preços recuam perante a perspetiva de forte quebra na procura mundial pela matéria-prima.
Em Londres, o Brent, que serve de referência para as importações nacionais, segue a cair quase 3% para cotar cada vez mais perto dos 25 dólares. Está nos 26,26 dólares por barril, mantendo-se ainda assim com um ligeiro prémio face ao West Texas Intermediate. O WTI, negociado em Nova Iorque, ganha 0,5% para cotar nos 22,88 dólares.
Brent cada vez mais perto dos 25 dólares
Os preços da matéria-prima têm caído nas últimas quatro semanas, acumulando quedas de cerca de 60% desde o início do ano, pressionados, em grande parte, pelo vírus que surgiu na China.
A pandemia que já infetou mais de 300 mil pessoas em todo o mundo, levando a mais de 14 mil mortes, está a parar praticamente todos os países. Todos os dias são anunciados pacotes de estímulos orçamentais, a que se juntam as ações do bancos centrais, mas os investidores duvidam da capacidade para evitar uma recessão.
A perspetiva de uma forte quebra na economia mundial tem levado a um ajuste em baixa das perspetivas para a procura global de petróleo, bem como de outras matérias-primas, ditando quedas acentuadas nas cotações nos mercados internacionais.
Por todo o mundo, há fábricas paradas, mas também milhões de consumidores fechados em casa, a cumprir o confinamento pedido pelas autoridades, levando a uma quebra expressiva na procura.
“Mesmo que os preços do petróleo consigam recuperar um bocadinho, a tendência continuará a ser de queda tendo em conta que a procura só irá piorar à medida que mais países reforçam o encerramento das atividades não-essenciais”, nota Edward Moya, analista sénior da OANDA.
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