Índia obriga a confinamento. Um terço da população mundial instada a ficar em casa
O governo indiano ordenou o confinamento dos 1,3 mil milhões de habitantes. Sobe assim para 2,6 mil milhões o número de pessoas em confinamento em todo o mundo, isto é, um terço da população mundial.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, ordenou esta terça-feira o confinamento total da Índia, que tem 1,3 mil milhões de habitantes, durante três semanas, para tentar conter a pandemia do Covid-19. Com esta decisão do governo indiano, sobe para 2,6 mil milhões o número de pessoas em confinamento em todo o mundo, segundo números da agência France-Presse.
Para travar a propagação do vírus, a Índia decretou esta terça-feira a proibição total de sair de casa aos seus 1,3 mil milhões de habitantes, medida que entra em vigor à meia-noite local. “A partir da meia-noite de hoje, todo o país vai entrar em confinamento. Para salvar a Índia, para salvar cada cidadão”, disse o chefe do Governo indiano numa declaração à nação transmitida pela televisão.
Esta decisão fez subir o total de pessoas restringidas a casa no mundo para 2,6 mil milhões, a um terço da população mundial, avaliada pela ONU em 7,8 mil milhões de pessoas.
Pelo menos 42 países e territórios ordenaram o confinamento, entre os quais vários países europeus, aos quais se juntou segunda-feira o Reino Unido, mas também na Colômbia, Argentina, Califórnia (Estados Unidos), Nepal, Iraque ou Madagáscar. A Índia e a Nova Zelândia foram os que mais recentemente adotaram a medida, aos quais se vai juntar, a partir de quinta-feira, a África do Sul.
Na maioria dos casos, as populações só estão autorizadas a sair de casa para trabalhar, comprar alimentos ou medicamentos, procurar ajuda ou médica ou prestar assistência a terceiros.
Pelo menos 15 países, que representam no conjunto 189 milhões de pessoas, decretaram recolher obrigatório, proibindo qualquer deslocação entre o final da tarde e o amanhecer.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 17.000.
Os países mais afetados a seguir à Itália e à China são a Espanha, com 2.696 mortos em 39.673 infeções, o Irão, com 1.934 mortes num total de 24.811 casos, a França, com 860 mortes (19.856 casos), e os Estados Unidos, com 499 mortes (41.511 casos).
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
(Notícia atualizada às 17h56 com mais informações)
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