Coordenação europeia é necessária para recuperação, diz ministério das Finanças

O ministério das Finanças sublinha que a interrupção da atividade económica deverá ser revertida a partir do início do mês de maio, com as medidas de desconfinamento.

Depois de serem conhecidas as previsões da Comissão Europeia, que apontam para uma contração de 6,8% do PIB este ano em Portugal, o ministério das Finanças salienta a importância de coordenar medidas de resposta à pandemia ao nível europeu para a recuperação. Bruxelas prevê um crescimento de 5,8% da economia portuguesa em 2021.

“A eficácia da coordenação entre as medidas estratégicas adotadas a nível nacional e europeu para dar resposta à crise assume particular importância, tendo em conta a necessidade de conter o impacto económico negativo da pandemia e proporcionar uma recuperação célere e robusta, para que as economias retomem um rumo de crescimento inclusivo e sustentável”, refere o ministério liderado por Mário Centeno, em comunicado.

As previsões da Comissão Europeia assentam “numa contração da procura interna em 2020, quer do lado do consumo privado (apesar das medidas discricionárias e extraordinárias para preservar contratos de trabalho e rendimentos), quer do lado do investimento (devido ao contexto de incerteza e disrupções nas cadeias globais de valor)”.

As Finanças apontam que a “interrupção abrupta da atividade económica em março e em abril deverá ser revertida a partir do início do mês de maio, suportada numa recuperação do mercado interno e na retoma do investimento“. O plano de desconfinamento do Governo já arrancou, esta segunda-feira, com a reabertura do pequeno comércio e de alguns estabelecimentos.

Ainda assim, Bruxelas destaca que o investimento em construção deverá ser mais resiliente, beneficiando do ciclo económico e da introdução de maior flexibilidade na utilização de fundos europeus.

Recordando as projeções, o ministério salienta que, “no conjunto dos dois anos, o desempenho da economia portuguesa será menos negativo do que o da média dos países da área do euro e da União Europeia (UE)”. Segundo as previsões, o PIB da Zona Euro deverá cair 7,7% em 2020, seguindo-se uma recuperação de 6,3% em 2021.

Para além disso, sublinham também que, segundo as previsões, o impacto da pandemia e das decorrentes medidas temporárias de contenção e confinamento nas contas públicas “será menos negativo em Portugal, do que o estimado para a área do euro e UE”.

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