Ouro nos cofres do BdP valorizou 21%. Vale 16,7 mil milhões de euros
Reservas do Banco de Portugal mantiveram-se inalteradas em quantidade. Já o valor subiu em 2.868 milhões de euros face ao ano anterior.
O ouro português beneficiou, no ano passado, da forte valorização da matéria-prima nos mercados internacionais. As reservas do Estado, guardadas nos cofres do Banco de Portugal (BdP), valiam 16.654 milhões de euros no final do ano passado. O valor representa uma subida de 20,9% — ou seja, mais 2.868 milhões de euros — face ao ano anterior.
“O Banco de Portugal apresentava, em 2019, um total de balanço de 160 mil milhões de euros, o que representa um aumento de cerca de 2 mil milhões de euros face a 2018, essencialmente explicado pelo acréscimo da componente de ouro e ativos de gestão, que apresenta um efeito compensado da valorização do preço do ouro e da redução da carteira de investimento a vencimento”, explica a entidade liderada por Carlos Costa, no Relatório de Atividade e Contas de 2019, divulgado esta quarta-feira.
“Com efeito, embora a quantidade de ouro detida pelo Banco não se tenha alterado (382,5 toneladas), o respetivo valor em euros aumentou 20,9%“, refere. A quantidade não é alterada há vários anos já que, até ao final de 2019 havia um acordo entre bancos centrais, que limitava a venda de ouro.
Portugal é um dos países do mundo com maiores reservas de ouro, o que no ano passado fez aumentar os ativos do banco central. Num ano de ganhos generalizados para os mercados financeiros, o preço do ouro em dólares disparou 18,5%, enquanto o valor do dólar face ao euro ainda deu uma ajuda adicional de 1,9%.
“Em 2019 o Banco continuou a efetuar aplicações em ouro, com o intuito da rentabilização deste ativo de reserva, que se traduziam, a 31 de dezembro, em empréstimos colateralizados”, acrescenta o BdP.
No fim de 2019, a carteira de ativos de investimento próprios do Banco de Portugal totalizava, assim, 36.010 milhões de euros, mais 6,9% do que no ano anterior. Além de ouro, esta carteira inclui ainda ativos denominados em euros (a maior parte) e em moedas estrangeiras que são geridos de forma ativa e valorizados a preços de mercado.
(Notícia atualizada)
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