EDP vende ativos em Espanha à Total por 515 milhões de euros

Operação, que deverá concretizar-se no segundo semestre de 2020, vai render uma soma de 515 milhões de euros à empresa liderada por António Mexia.

A EDP vendeu dois grupos da central de ciclo combinado de Castejón, na região de Navarra, em Espanha, com 843 MW de potência, e o negócio
comercial junto de clientes residenciais à Total. A operação, que envolve ainda a venda da participação de 50% na CHC Energia, joint-venture com a CIDE para comercialização de energia no retalho, vai render uma soma de 515 milhões de euros à empresa portuguesa.

Esta transação, que deverá concretizar-se no segundo semestre de 2020, após as devidas aprovações das entidades reguladoras, “resulta da estratégia de otimização proativa do portfólio, em execução pela EDP de acordo com o plano estratégico 2019-2022, enquadrando-se na renovação do portfolio EDP no mercado Ibérico, que tem como objetivo reduzir a exposição a produção térmica e a atividades liberalizadas”, refere a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

António Mexia considera que esta “é uma excelente operação para a EDP que, mais uma vez, realça a qualidade dos nossos ativos, mas também a nossa sólida capacidade de execução, pois continuamos a criar valor significativo com a estratégia de otimização de portefólio definida no nosso plano de negócios”.

Com esta transação, em que o Santander Corporate & Investment Banking (CIB) atuou como assessor financeiro exclusivo da EDP, a empresa “ultrapassa claramente o objetivo de dois mil milhões de euros de alienações no mercado ibérico, atingindo com este acordo 65% do objetivo global de seis mil milhões de alienações no período 2019-2022 (incluindo operações de rotação de ativos renováveis), o que proporciona flexibilidade adicional na execução remanescente do plano estratégico até 2022″, nota.

Espanha continua a ser aposta

Apesar da venda destes negócios, a EDP assegura que Espanha “continuará a ser um mercado estratégico, com uma contribuição ativa para o objetivo da empresa de liderar a transição energética”.

“Após este acordo, a EDP manterá mais de 95% do EBITDA em Espanha, que é um dos nossos mercados estratégicos e onde continuaremos a investir na geração, redes e fornecimento de renováveis, tanto no segmento B2B como no novo downstream”, refere Mexia.

A elétrica diz que “continuará a investir em novas centrais de energia renovável e na transformação de centros de produção já existentes, como é o caso da Central de Aboño (Astúrias), onde o grupo 1 será adaptado para queimar gás de aço e tornar-se numa fonte de geração de eletricidade”.

“A aposta da EDP no mercado espanhol passa também por melhorias nas redes elétricas e por oferecer uma ampla gama de serviços às empresas, segmento no qual mantém significativo um portefólio comercial”, remata.

(Notícia atualizada às 7h46 com mais informação)

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