Desconfinamento mais lento em Lisboa. Centros comerciais só abrem dia 5
Primeiro-ministro António Costa admitiu preocupação com a região da Grande Lisboa. Decidiu, por isso, adiar algumas medidas de desconfinamento.
A terceira fase de desconfinamento vai ser feita a diferentes velocidades no país. Lisboa vai reabrir de forma mais lenta, sem lojas do cidadão ou centrais comerciais até dia 5 de junho (em vez de abrirem já dia 1). Há mais medidas específicas tendo em conta a distinção da evolução da pandemia na região face a outras regiões de Portugal.
Após o Conselho de Ministros em que foram decididas as medidas específicas da terceira fase de desconfinamento, que arranca na próxima segunda-feira, o primeiro-ministro António Costa admitiu que há “preocupação face à evolução [do número de casos de Covid-19] da área de Lisboa”.
O número de infetados em Lisboa e Vale do Tejo tem vindo a aumentar em Lisboa nos últimos dias, sendo que, nas últimas 24 horas, 92% dos novos casos confirmados foi registado na região. “A evolução da área metropolitana de Lisboa distingue-se significativamente das outras regiões do país“, diz António Costa, ao anunciar medidas diferentes para Lisboa.
Estas incluem o adiamento da abertura de estabelecimentos até pelo menos 4 de junho, dia em que a medida será reavaliada em nova reunião do Conselho de Ministros. Assim, centros comerciais e lojas de cidadão manter-se-ão encerradas. Já a reabertura de lojas com mais de 400 metros quadrados ou feiras fica sujeita a decisão camarária.
Além disso, mantém-se também a interdição de ajuntamentos de 10 pessoas, enquanto no resto do país vai passar para 20 pessoas. A deslocação em veículos privados de transporte de passageiros manterá a lotação máxima de dois terços dos passageiros, sendo obrigatório o uso obrigatório de máscara.
Governo reforça vigilância
O primeiro-ministro nega que haja “descontrolo” ou que o aumento esteja relacionado com o desconfinamento, mas sim com focos de atividades específicas. “Estes focos têm-se manifestado em atividades que nunca estiveram encerrados”, explica.
Por isso, vai acontecer um “forte reforço das medidas de vigilância epidemiológica especialmente em duas atividades que concentram foco de infeção“: nos trabalhos de construção civil e em atividades desempenhadas por trabalhadores ligados a empresas de trabalho temporário. Segundo o governante, vai ser uma operação de testagem semelhante à que foi feita nos lares.
Por último, veículos privados de transporte de passageiro vão ter lotação máxima limitada a dois terços e com uso obrigatório de máscara. Também esta medida visa especificamente o setor da construção civil. “Tudo o que é válido para o país é válido para Lisboa, com exceção de três fatores“, clarificou Costa.
(Notícia atualizada)
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