Ciclone Amphan foi o evento mais destruidor em maio, revela Aon

  • ECO Seguros
  • 15 Junho 2020

Catástrofes provocadas por fenómenos naturais extremos produziram elevados danos humanos em maio, causando mais de 600 mortos e estragos materiais estimados em mais de 21 mil milhões de dólares.

Eventos meteorológicos extremos (ciclones, chuvas torrenciais e cheias) atingiram diversas regiões do globo, em maio, com impacto económico significativo, revela o Global Catastrophe Recap: May 2020, publicado pela Aon Plc, líder global de corretagem de seguros e gestão de risco.

Além da América do Sul e do Médio oriente (cheias em Omã no final do mês), regiões quase incólumes no mês analisado, a Europa foi o continente menos atingido por catástrofes naturais (NatCat na gíria segurador internacional).

O período de entre os dias 9 e 11 de maio foi caracterizado por queda acentuada da temperatura e fenómenos meteorológicos extremos em algumas regiões do velho continente, nomeadamente queda de granizo, vento forte e chuvas resultantes em inundações que afetaram Espanha, França, Alemanha, Republica Checa e Polónia. Em termos agregados, a Aon estima que os danos tenham ascendido a algumas dezenas de milhões de euros.

África regista maior número de mortos e a Ásia os danos mais avultados

O continente africano foi o mais penalizado em perdas humanas, com mais de 330 mortos, avalia a recapitulação. Cheias no Quénia (237 vítimas mortais) e no Ruanda (73 fatalidades) foram os países mais devastados por eventos naturais extremos. No Quénia, 29 das 47 províncias do país foram afetadas pela época das chuvas que duraram de março e maio. Em resultado, neste caso (o único em que o relatório remonta a análise ao período anterior a maio), 100 mil pessoas tiveram de ser deslocadas no Quénia.

O mesmo fenómeno abateu-se sobre três distritos do Ruanda, causando deslizamento de terras, destruição de habitações e infraestruturas e mortes. Chuvas torrenciais afetaram também a Etiópia.

A Ásia, em particular o Sri Lanka, Bangladesh e Índia (região de Calcutá), foram cenário da catástrofe natural mais devastadora registada no golfo de Bengala nos últimos 20 anos de monções. Globalmente, a Aon estima a destruição material (danos económicos) em 16 mil milhões de dólares, além das perdas humanas (mais de 250 pessoas morreram).

De acordo com o relatório, o ciclone Amphan – com rajadas de vento destruidoras, tempestades costeiras e inundações no interior – produziram danos de 13,5 mil milhões de dólares na Índia (a maior parte sem cobertura de seguros). Infraestruturas, mais de dois milhões de casas e zonas agrícolas ficaram devastadas ou destruídas na Índia, enquanto o Bangladesh estimou perdas de 1,5 mil milhões de dólares, a maior parte também sem seguros, entre os quais mais de 200 mil casas danificadas ou destruídas.

Ainda na Ásia, diferentes eventos naturais extremos causaram estragos e vítimas mortais na China (incluindo um sismo), Filipinas, Indonésia, Vietname, Afeganistão.

Na região da América do Norte, os fenómenos naturais causadores de destruição causaram cerca de 40 mortos e destruição estimada em 5 mil milhões de dólares. De acordo com o documento da Aon, a tempestade tropical Amanda foi responsável por mais de 30 mortes e mais de 200 milhões de dólares de danos materiais.

No entanto, de acordo com o relatório, outros extremos climáticos e, também um sismo e incêndios, afetaram diferentes regiões dos EUA, nomeadamente a costa leste (ao sul), a região central e o médio oeste dos EUA.

 

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