Rui Teixeira é o presidente interino da EDP Renováveis

Depois de Miguel Stilwell d'Andrade na EDP, Rui Teixeira passa a presidente interino na EDP Renováveis e faz a ligação à EDP. Miguel Setas também substitui Mexia como presidente de forma interina.

Rui Teixeira é o presidente interino da EDP Renováveis, apurou o ECO junto de fontes da companhia do grupo com sede em Madrid. Depois da indicação de Miguel Stilwell d’Andrade como presidente executivo interino da EDP, está escolhido o gestor que terá a responsabilidade de liderar o negócio das renováveis e a ligação à empresa-mãe em substituição de João Manso Neto, suspenso de funções.

Depois da decisão do juiz Carlos Alexandre de rever as medidas de coação aplicadas a António Mexia e Manso Neto, suspendendo os dois gestores de funções e impedindo-os de entrar nas instalações da EDP, além de outras medidas, o conselho geral e de supervisão da EDP, onde se sentam os principais acionistas, aprovou formalmente a indicação de Miguel Stilwell como CEO interino e agora é a EDP Renováveis a escolher o gestor interino que, na prática, substitui Mexia (chairman) e Manso Neto, que era até agora CEO. Rui Teixeira acumula com as funções que tem até agora, as de administrador financeira das Renováveis.

Miguel Stilwell e Rui Teixeira são assim indicados pelo CGS e pelo conselho de administração das Renováveis, respetivamente, como presidentes interinos. Assim como Miguel Setas no Brasil (que substitui Mexia como presidente). Aliás, como se lê no comunicado enviado ao mercado, “o Conselho Geral e de Supervisão e o Conselho de Administração Executivo, deliberaram proceder à nomeação do Chief Financial Officer, Eng. Miguel Stilwell de Andrade, para o exercício interino das funções e cargo de presidente do Conselho de Administração Executivo enquanto se verificar o impedimento do Dr. António Mexia, e em acumulação com as actuais funções“. A indicação deste órgão de supervisão da EDP é clara a indicar que Mexia e Manso Neto poderão regressar às suas funções.

De resto, o conselho onde estão sentados os acionistas como a China Three Gorges, a família Masaveu ou até o fundo de pensões do BCP repete os argumentos dos advogados de António Mexia. “A EDP reafirma que relativamente às matérias em causa não houve qualquer irregularidade que lhe possa ser imputada. O enquadramento legal existente desde 2004, as decisões da Comissão Europeia de 2004, 2013 e 2017 e os estudos e pareceres independentes sobre estas matérias demonstram que os montantes devidos pela cessação dos CAE e transição para o regime de CMEC e o montante pago pela extensão da utilização do DPH foram justos e nos termos das condições de mercado“. Além disso, acrescenta, “todas as matérias relacionadas com a investigação que deviam ser decididas pelos órgãos sociais das sociedades relevantes do Grupo EDP, nos termos da política de governance vigente e em linha com as melhores práticas, foram efectivamente discutidos e decididos pelos órgãos sociais apropriados”. Leia-se, as decisões dos CMEC que deram origem a este processo foram decididas de forma colegial, em conselho de administração executiva e em conselho geral, e não apenas por aqueles dois gestores, agora suspensos”.

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