NYT, FT e Reuters. Suspensão de Mexia e Manso Neto foi notícia internacional
António Mexia e António Manso Neto foram suspensos de funções. A imprensa internacional seguiu atentamente a notícia avançada em primeira mão pelo ECO.
A decisão do juiz Carlos Alexandre, que suspendeu António Mexia das funções de presidente da EDP e João Manso Neto da liderança da EDP Renováveis, no âmbito do caso EDP, não passou despercebida na imprensa internacional.
A notícia chegou ao The New York Times através da Reuters. O jornal refere, inclusivamente, que a informação foi avançada em primeira mão pelo ECO. Indica também que Miguel Stilwell d’Andrade, até agora administrador financeiro da EDP, é o novo CEO interino da empresa. Por último, o jornal noticia que a decisão de Carlos Alexandre levou à suspensão da negociação das ações da EDP e da EDP Renováveis na bolsa de Lisboa.
O Financial Times também faz referência ao afastamento de António Mexia, presidente da EDP desde 2006, e de João Manso Neto. O jornal económico britânico diz que os dois gestores foram constituídos arguidos há três anos, no dia 2 de junho de 2017, num processo que já dura há oito anos e que também envolve o ex-ministro da economia de Portugal Manuel Pinho.
A Reuters titula “Juiz português suspende presidente da EDP por suspeitas de corrupção”. A agência recorda também que o juiz Carlos Alexandre está responsável por outro caso mediático da justiça portuguesa que envolve o ex-primeiro-ministro José Sócrates.
Mas não foi apenas em língua inglesa. A suspensão foi também destacada na imprensa de Espanha. Por exemplo, o Cinco Días, que faz parte do El País, ressalvou a suspensão das ações da EDP pela “alegada fraude dos seus administradores”. O El Mundo seguiu o mesmo caminho, focando-se na suspensão das ações da EDP.
António Mexia e João Manso Neto foram suspensos de funções pelo juiz de instrução criminal, no âmbito das medidas de coação propostas pelo Ministério Público. A defesa vai recorrer, mas o recurso não tem efeito suspensivo.
Os dois gestores terão ainda de pagar uma caução no valor de um milhão de euros. O despacho de Carlos Alexandre refere que Mexia está impedido de exercer qualquer cargo de gestão/administração em empresas do Grupo EDP, ou por este controladas, em Portugal ou no estrangeiro, tem de entregar o passaporte e, está proibido de viajar para o estrangeiro e proibido de entrar em todos os edifícios da EDP. A suspensão extingue-se ao fim de oito meses.
O processo das rendas excessivas da EDP está há cerca de oito anos em investigação no Departamento Central de Investigação e Ação Penal e tem cinco arguidos: António Mexia, João Manso Neto, presidente da EDP Renováveis, o ex-ministro Manuel Pinho, o administrador da REN e antigo consultor de Pinho, João Faria Conceição, e Pedro Furtado, responsável de regulação na empresa gestora das redes energéticas.
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