Um X que faz toda a diferença no Mazda 3

Mazda foi buscar o que de melhor se aprendeu ao longo de anos com os blocos a diesel, aplicando esse conhecimento no desenvolvimento de opções a gasolina potentes mas eficientes.

Numa altura em que grande parte das fabricantes de automóveis começa a afastar-se dos motores a gasóleo, ajustando-se a crescente procura por versões a gasolina sobrealimentadas, a Mazda aposta forte numa tecnologia que busca o meio-termo. Foi buscar o que de melhor se aprendeu ao longo de anos com os blocos a diesel, aplicando esse conhecimento no desenvolvimento de opções a gasolina potentes mas extremamente eficientes.

É esta a premissa utilizada no Skyactiv X, um motor de combustão interna, sem turbo mas que conta com a ajuda de um sistema híbrido suave de 24 volts carregado pela energia gerada nas desacelerações. A compressão utilizada por este bloco é a mesma de um diesel, ou seja, muito alta, fazendo com seja possível a explosão que gera a energia para mover o Mazda mesmo com uma dose reduzida de combustível e ar. É um engenho curioso, que permite consumos reduzidos, mas que não compromete o desempenho.

Só com esta tecnologia se consegue que o 2.0 Skyactiv X, dotado de 180 cv, anuncie médias em torno dos seis litros a cada 100 km, que se transformam em pouco mais do que isso na estrada. No ensaio realizado pelo ECO, o Mazda 3 apresentou um consumo ligeiramente acima dos sete litros em trajetos maioritariamente citadinos, embora com alguns trajetos fora da cidade em que se pode explorar o resto deste motor.

Há mais potência

Todo o desenvolvimento feito neste bloco teve como objetivo apresentar uma solução engenhosa para oferecer aos condutores uma solução eficiente, mas não descurou a potência. Não se tem aquela sensação de “mola” Debaixo do pé direito, até porque a potência está disponível a uma rotação um pouco mais elevada do que acontece em blocos sobrealimentados, mas quando se carrega no acelerador com vigor, acorda-se a plenitude dos 180 cv.

A subida de regime acaba por ser rápida, havendo motor até às 7.000 rotações — é a vantagem dos blocos a gasolina. Na realidade, a partir das 6.000 já não há grande vantagem em esticar a mesma mudança. É hora de usar a caixa de velocidade manual de seis velocidades para continuar a acelerar, cavalgando o asfalto cada vez mais rápido. A velocidade máxima anunciada é de 216 km/h.

Para a família, com conforto

Apesar de este ser um 3 potente, não estamos perante um modelo desportivo por natureza. É verdade que o desenho deste pequeno familiar revela aspirações para tal, seja pela dianteira com uma enorme grelha ladeada por faróis esguios, seja pela baixa altura ao solo deste modelo, mas é, de facto, um familiar. Tem esse lado rebelde, mas os cinco ocupantes têm neste Mazda um bom companheiro para muitas e boas viagens.

Mesmo equipado com jantes de grandes dimensões, e com uma suspensão pensada em garantir o melhor comportamento possível do 3 em estrada, os bancos fazem um bom trabalho ao garantir que todos viajam confortavelmente. Quem entra para o banco traseiro pode ter algumas dificuldades tendo em conta a descida acentuada do tejadilho até a traseira, mas uma vez lá dentro desfruta de materiais de boa qualidade num ambiente totalmente “clean”, onde apenas se destaca o ecrã de 8,8 polegadas que “flutua” a meio do tablier.

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