Com mais capital, BCP traça cinco metas para 2018

O BCP vai realizar um aumento de capital de 1.300 milhões de euros. Uma operação que visa reforçar os seus rácios de capital. E é com estes rácios mais fortes que reitera as cinco metas para 2018.

O Banco Comercial Português (BCP) vai aumentar o capital em 1.300 milhões de euros. É uma operação que será realizada com o reforço das posições dos seus acionistas de referência, que vai levar os rácios do banco para cima do patamar exigido pelo Banco Central Europeu (BCE). Com rácios mais sólidos, o BCP reafirma cinco metas do seu plano estratégico.

Ao mesmo tempo que aprovou o aumento de capital, o conselho de administração do BCP “reafirmou igualmente o plano estratégico do BCP, com uma base de capital mais elevada”. Conheça os rácios que o maior banco privado português pretende atingir até ao final do próximo ano:

11%

A primeira meta do BCP é de conseguir apresentar, no final de 2018, rácios CET1 (phased in) e CET1 (fully implemented) de aproximadamente 11%. Com o aumento de capital que vai realizar agora, bem como o reembolso dos CoCos, o banco ficará com o rácio de Common Equity Tier 1 (fully implemented) em 11,4%.

100%

Nos últimos anos, especialmente com a chegada da troika, os bancos foram forçados a encolher as suas carteiras de crédito, procurando um equilíbrio mais saudável entre o valor concedido e os saldos em depósitos. Esse rácio tem recuado em todo o setor, sendo que o BCP pretende fechar 2018 com rácio de crédito sobre depósitos inferior a 100%. Ou seja, quer ter mais depósitos de que créditos vivos.

43%

Eficiência é a palavra de ordem na banca. E o BCP pretende ser um banco cada vez mais eficiente, daí que tenha inscrito nas suas metas para o final do próximo ano apresentar um rácio entre os custos operacionais e o produto bancário inferior a 43%. Em termos de rácio entre os custos operacionais face à margem financeira (incluindo as comissões) deverá cair para menos de 50%.

75 pontos base

O BCP, tal como outros bancos, tem malparado. Mas o objetivo é encolher esses créditos em incumprimento para que, assim, tenha de provisionar menos. A meta é conseguir que o custo do risco, ou seja, que o quociente entre as dotações para imparidades para riscos de crédito (líquidas de recuperações) contabilizadas no período e o saldo de crédito a clientes fique abaixo de 75 pontos base.

10%

O BCP quer atingir um Return On Equity (ROE), ou seja, um rácio entre o resultado líquido e os capitais próprios, de aproximadamente 10%. Esta meta é inferior aquela que tinha definido inicialmente, de mais de 11%, que “não considerava o efeito da realização do aumento de capital reservado registado em 18 de novembro de 2016” e do que agora vai realizar.

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