BCP: BCE já deu luz verde à devolução dos CoCos
O BCE já deu luz verde à devolução dos 750 milhões de euros que o BCP ainda deve ao Estado. O montante para o reembolso será obtido com o aumento de capital de 1.300 milhões.
O BCP já tem luz verde do Banco Central Europeu (BCE) para devolver os 700 milhões de euros que ainda deve ao Estado de CoCos — obrigações convertíveis. Esta devolução será possível com o aumento de capital de 1.300 milhões de euros aprovado hoje pelo conselho de administração.
O banco liderado por Nuno Amado já tem o selo de aprovação do BCE para a devolução do que ainda devia ao Estado em obrigações convertíveis. De acordo com o comunicado enviado pelo BCP ao regulador do mercado, o pagamento de 700 milhões de euros — tendo pago 50 milhões a 30 de dezembro de 2016 — apenas será possível com o aumento de capital que o BCP aprovou em conselho extraordinário. Resultado: poupa nos juros e evita a possibilidade de arriscar ter o Estado como acionista.
“Para este efeito, o Banco recebeu já autorização do Banco Central Europeu e do Banco de Portugal para o reembolso integral dos CoCos, com sujeição à conclusão com sucesso da Oferta Pública de Subscrição”, diz o BCP no comunicado.
O conselho de administração do banco reuniu de forma extraordinária para aprovar a nomeação de dois administradores e, também, a decisão sobre um aumento de capital até 1.300 milhões de euros, apurou o ECO junto de diversas fontes conhecedoras do processo.
Este aumento de capital vai permitir que o banco salde a dívida que tinha com o Estado português e um reforço dos rácios de capital, nomeadamente o mais relevante, para valores acima dos 11%, claramente acima do exigido pelo BCE. Recorde-se que o BCP tinha até julho de 2017 para pagar. A administração do banco tinha várias alternativas em cima da mesa, mas rejeitava que o aumento de capital fosse a única saída. No entanto, acabou por ser a solução escolhida.
Esta operação vai arrancar a 19 de janeiro, sendo que os títulos do banco liderado por Nuno Amado vão ser vendidos com um desconto de 38,6%. O preço de subscrição será de 9,4 cêntimos por ação. Os títulos encerraram hoje nos 1,0412.
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