Ex-ministro critica “participação ativa” do banco público na guerra do BCP
Campos e Cunha esteve esta tarde na comissão parlamentar de inquérito à gestão da CGD. Ex-ministro das Finanças de Sócrates admitiu "pressão" e criticou a "participação ativa" no BCP.
O antigo ministro das Finanças Luís Campos e Cunha criticou esta quinta-feira a “participação ativa” da Caixa Geral de Depósitos (CGD) na “guerra” pelo controlo do Banco Comercial Português, através do financiamento de acionistas como o empresário Joe Berardo.
“Todos nos lembramos da participação ativa da CGD para guerras entre privados, como foi o caso do controlo do BCP (Banco Comercial Português). O Estado, através do seu banco, não pode alimentar guerras entre privados. Eles que se financiem junto dos bancos privados“, afirmou Campos e Cunha durante a sua audição na comissão parlamentar de inquérito à gestão da CGD.
O antigo governante sublinhou que “não se deve fomentar, nem financiar, guerras entre privados, porque é mau não só para os bancos, mas para todo o sistema”, reforçou.
O Estado, através do seu banco, não pode alimentar guerras entre privados. Eles que se financiem junto dos bancos privados.
Questionado sobre o empréstimo concedido pelo banco estatal ao empresário Joe Berardo, em 2007, para adquirir uma participação qualificada no BCP, Campos e Cunha disse que “aceitar as ações como garantia para o financiamento das próprias ações não é a melhor operação que se possa fazer para garantir a solidez da própria operação”.
Campos e Cunha desempenhou as funções de ministro de Estado e das Finanças no primeiro Governo Sócrates durante apenas quatro meses (de março a julho de 2005), tendo resignado ao cargo.
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