CGD: Primeira fase da recapitalização “concluída”
Já está. A primeira fase da recapitalização, que contempla 1.445 milhões de euros, foi concluída. Numa segunda fase chegam mais 2,7 mil milhões e outros mil milhões de euros em dívida de alto risco.
O Ministério das Finanças comunicou esta quarta-feira de tarde que a primeira fase do processo de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos está concluída. A recapitalização começou com um aumento de capital de “aproximadamente 1.445 milhões de euros”, escreve o gabinete de Mário Centeno.
Neste primeiro momento, foi feita a conversão dos CoCo’s — obrigações subordinadas de conversão contingente — em capital avaliados em 945 milhões de euros, segundo o comunicado do Ministério das Finanças, mas também com a entrada da totalidade da Parcaixa para o balanço do banco público, o que permitirá um encaixe de ativos no valor de 500 milhões. No total, são 1.445 milhões de euros de novo capital.
“No âmbito do processo de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD), o Estado, iniciou, com a data de hoje, 4 de janeiro, a implementação do “General Agreement” celebrado, em 23 de agosto de 2016, entre a Comissão Europeia e o Estado Português com vista à recapitalização da CGD em condições de mercado, sem que esta configure um auxílio de Estado”, começa por escrever o Ministério das Finanças. Ficam assim limpos prejuízos passados.
Fica por completar a segunda fase: em causa está um aumento de capital até 2,7 mil milhões de euros através de dinheiros públicos, a que se somam mais mil milhões de privados. O banco público irá emitir este ano instrumentos híbridos no valor de mil milhões de euros (sendo que num primeiro momento o banco vai vender 500 milhões).
“Adicionalmente, a CGD realizará uma emissão faseada de instrumentos de dívida subordinada elegível para efeitos de cumprimento dos rácios de capital regulatório, a ocorrer junto de investidores privados. O instrumento financeiro a emitir não será convertível em ações da CGD, assegurando-se a manutenção da CGD como um banco integralmente público”, esclarece o Ministério das Finanças.
Editado por Paulo Moutinho
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