Mário Ferreira vende ações da Cofina

O empresário que é acionista da Media Capital deixou de ter uma participação qualificada na Cofina, a dona do Correio da Manhã. Já vendeu 150 mil ações e quer vender tudo.

Mário Ferreira tinha comprado pouco mais de 2% das ações da Cofina quando estava alinhado com Paulo Fernandes para comprar a Media Capital, mas depois da desistência do dono do Correio da Manhã, Mário Ferreira ficou com aquelas ações… até agora. O empresário, dono da Douro Azul e, entretanto, acionista da Media Capital com 30,22% das ações, comunicou ao mercado que está a vender as ações na Cofina, tendo já baixado da participação qualificada de 2%. “Decidi vender, mesmo perdendo muito dinheiro, porque não quero ter nada a ver com aquele grupo“, afirmou Mário Ferreira ao ECO.

De acordo com um comunicado enviado ao mercado, a Cofina revela que a Pluris, de Mário Ferreira, vendeu 150 mil ações da própria Cofina entre os dias 22, 23 e 24 de julho. “Mais se informa da sua intenção de alienar todas as suas participações que ainda detém à data no capital social da Cofina”, lê-se no comunicado. No comunicado, não é especificado o valor da venda por ação, mas a cotação atual da Cofina no fecho da sessão desta segunda-feira foi de 25 cêntimos, enquanto a entrada no capital foi feita a um preço médio acima dos 40 cêntimos.

Mário Ferreira quer mesmo um separar de águas em relação à Cofina. Mas, questionado pelo ECO sobre a possibilidade de vir a integrar o conselho de administração da Media Capital, Mário Ferreira responde que não é um tema que esteja nas suas prioridades. “Estou concentrado do negócio dos cruzeiros, que estão agora a retomar a atividade, e a olhar para novas oportunidades neste setor no mercado americano. A Prisa é o acionista único de controlo [da dona da TVI] e esse tema ainda não se colocou. A administração da Media Capital é liderada por um gestor independente, Manuel Alves Monteiro, tem uma estratégia e deve prossegui-la de acordo com os objetivos que o próprio conselho traçou”, responde o gestor, que também é pequeno acionista do ECO.

Quando foi anunciado o acordo entre a Prisa e a Pluris, recorde-se, os espanhóis anunciaram ao mercado que a Mário Ferreira teria “uma representação adequada no conselho de administração da Media Capital”, sem fixar calendários.

Nos últimos três meses, desde que Mário Ferreira se tornou acionista da Media Capital, a rutura com Paulo Fernandes tornou-se pública e notória. E motivou mesmo comunicados da própria Media Capital, controlada em cerca de 64% pelos espanhóis da Prisa. Ainda recentemente, a dona da TVI apresentou uma explicação para as iniciativas recentes da Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC) sobre a Media Capital: “Não podemos ignorar que a causa próxima do mesmo teve a ver com a publicação de notícias especulativas e infundadas difundidas por órgãos de comunicação social que pertencem ao grupo Cofina”.

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