Em plena pandemia, Benfica “agiganta-se” nas transferências dos três grandes
O Benfica foi o clube português que mais gastou neste mercado de transferências, tendo pago cerca de 82 milhões de euros pelos novos reforços. Sporting e FC Porto não ultrapassaram os 20 milhões.
A bola volta a rolar nos relvados portugueses. Famalicão e Benfica dão o pontapé de saída da Liga Nos 2020/21 às 19H00 desta sexta-feira. Sábado, o FC Porto joga no Dragão diante do Sp. Braga, enquanto o jogo entre o Sporting e o Gil Vicente foi adiado por causa dos casos de Covid-19.
Num ano que ficou marcado pela pandemia, o futebol teve de adaptar-se ao novo contexto social que vivemos atualmente. Estádios despidos de público, regras de higienização, o perigo do vírus sempre à espreita e as contas dos clubes a deteriorarem… tornaram-se o novo normal. Assim sendo, também este mercado de transferências sofreu com esta situação.
Nesta temporada prestes a começar, Sporting e FC Porto foram mais comedidos com as suas contratações e focaram-se especialmente na venda de alguns dos seus ativos mais valiosos — casos como Acuña no Sporting ou Fábio Silva no FC Porto –, porém, em sentido contrário, o Benfica não poupou nos gastos e realizou transferências que ficarão na história do clube.
Pandemia não impediu “águia” de colocar “garras” no mercado de transferências
Apesar da atual situação de pandemia que se vive em Portugal, a equipa comandada por Jorge Jesus não olhou a custos neste mercado de transferências e gastou cerca de 82 milhões de euros em passes de jogadores, sendo necessário acrescentar que a contratação do avançado Darwin Núñez, vindo do UD Almería, foi a mais cara da história do campeonato nacional. No total foram desembolsados 24 milhões de euros pelo jogador uruguaio.
Para além de Núñez, o Benfica fez mais duas transferências bastante avultadas, ao adquirir os passes dos brasileiros Éverton, que teve um custo de 20 milhões de euros, e Pedro, que obrigou as ‘águias’ a retirar dos seus cofres 18 milhões de euros. Também oriundos da América Latina, mas por valores mais baixos, foram comprados Helton Leite, por cerca de dois milhões de euros, e Gilberto, num negócio que rendeu ao Fluminense três milhões de euros.
Todavia, o mercado europeu também suscitou interesse ao clube de Luís Filipe Vieira. Os “encarnados” sondaram o Velho Continente e acabaram por contratar o avançado germânico Lucas Waldschmidt, por 15 milhões, e o belga Jan Vertonghen, que terminou contrato com o Tottenham no final da última temporada e, que desta forma, chegou à Luz a custo zero.
No lado das vendas, o Benfica foi mais tímido nas operações e vendeu apenas o guarda-redes Ivan Zlobin ao Famalicão, a troco de um milhão de euros. Em termos de empréstimos, Jhonder Cádiz e Yony González saíram do clube da Luz a título de empréstimo, com uma taxa de pagamento de 500 mil euros. Por fim, Andrija Zivkovic e Bruno Varela abandonaram a equipa de Jorge Jesus a custo zero, não rendendo qualquer tostão às “águias”.
No total, as saídas e o empréstimo de jogadores renderam ao Benfica apenas 1,9 milhões de euros.
“Dragão” tímido contrata (essencialmente) no campeonato nacional
Ao contrário dos “encarnados”, o FC Porto foi mais comedido na política de transferências esta temporada. O conjunto de Sérgio Conceição focou-se essencialmente na venda de ativos do que na compra destes, muito por causa da questão do fair-play financeiro — que apesar de estar em suspenso por causa da pandemia, a UEFA continua atenta à situação dos clubes.
Os “dragões” foram ao mercado de transferências e deixaram quase 20 milhões de euros para trazer jogadores como Evanilson, Zaidu Sanusi, Toni Martínez e Mehdi Taremi para a cidade do Porto, sendo que o primeiro atleta referido foi a contratação mais cara (7,5 milhões de euros). A estes juntam-se Claúdio Ramos e Carraça que chegaram ao clube a custo zero.
Contudo, foi nas vendas que o clube liderado por Jorge Pinto da Costa brilhou, especialmente com a saída da jovem promessa Fábio Silva para o Wolverhampton. O emblema britânico decidiu pagar 40 milhões de euros pelas valências do atacante de 18 anos, tornando-se assim a transferência mais cara da história do Wolves. Referência ainda para a venda, menos expressiva mas não menos importante, de Jorge Fernandes para o Vitória SC por 250 mil euros.
“Leão” no limbo entre vender e comprar jogadores
Desde a chegada de Frederico Varadas à presidência do Sporting que a prioridade é a melhorar a saúde financeira do clube de Alvalade, sendo que neste mercado de transferências não tem sido exceção e o emblema tem tentado balançar os custos de comprar e vender jogadores.
Posto isto, a equipa de Rúben Amorim gastou cerca de 12,4 milhões de euros em novos reforços para a temporada 2020/21, em que, de acordo com a imprensa especializada, a transferência mais cara foi a de Pedro Gonçalves por um valor a rondar os 6,4 milhões de euros por 50% do passe. Já o defesa Zouhair Feddal e o extremo Nuno Santos custaram três milhões cada um.
De referir que a custo zero chegaram ao Sporting dois nomes, o lateral Vitorino Antunes e o guardião Antonio Adán. Por fim, o emblema de Alvalade pediu ao Manchester City o empréstimo do lateral Pedro Porro. Tudo somado, aterraram em Alvalade seis caras novas.
Em termos de vendas, o Sporting teve uma receita de 19,6 milhões de euros com a saída de apenas dois jogadores. O argentino Marcos Acuña abandonou a capital portuguesa para assinar pelo Sevilha, em troca de 10,5 milhões de euros, e o brasileiro Matheus Pereira foi vendido ao West Brom por 9,1 milhões de euros.
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