BRANDS' TRABALHO Design thinking: uma metodologia ao serviço da gestão de recursos humanos

  • BRANDS' TRABALHO
  • 6 Outubro 2020

Patrícia Vicente, Manager EY, e Edivaldo João, Consultor EY, ambos de People Advisory Services, explicam em que medida o Design Thinking Design é uma ferramenta-chave no atual contexto.

A pandemia da Covid-19 trouxe às organizações desafios nunca antes conhecidos. Desta forma, enquanto parceiros de negócio, as empresas prestadoras de serviços de consultoria especializada, devem estar preparadas para ajudar os seus clientes a encontrarem soluções eficazes e inovadoras para dar resposta aos atuais desafios, assim como preparar um plano eficaz para aqueles que ainda se avizinham.

Nesta senda, a metodologia de criatividade e inovação design thinking apresenta-se como uma ferramenta-chave, com elevado potencial no contexto atual. Possibilita a realização de um trabalho assente numa metodologia diferenciadora que permite apoiar, de forma estruturada, o desenho de planos e soluções para a gestão do negócio e das pessoas, num novo contexto.

A metodologia de design thinking é considerada uma abordagem colaborativa e centrada nas pessoas, que utiliza o mindset de design, para transformar a resolução de problemas complexos em oportunidades reais de desenvolvimento das equipas e das organizações. Esta metodologia, cada vez mais utilizada em processos de gestão de pessoas, divide-se principalmente em 5 fases:

  1. Empatizar
  2. Definir
  3. Idealizar
  4. Prototipar
  5. Testar.

Todas as fases são importantes para o processo de criação de soluções inovadoras para um determinado problema. No entanto, os especialistas devem prestar especial atenção à primeira fase, pois está intimamente ligada ao princípio core do design thinking, de colocar o Ser Humano no centro da questão. Curiosamente, esta foi também foi uma das principais lições que (re)aprendemos com a situação pandémica que estamos a viver.

Ao empatizar, é necessário que o designer tenha um momento de plena imersão no mundo do utilizador final, no qual é necessário que o mesmo se “dispa” de preconceitos, de forma a permiti-lo explorar e perceber o seu mundo da melhor forma possível. Nesta fase, o especialista pode utilizar algumas técnicas de recolha de informação como a aplicação de questionários, a observação, a entrevista ou criando uma “proto persona” (figura tipo).

Enquanto designer” centrado nas pessoas, o especialista deve entender e conhecer as pessoas para as quais desenha, uma vez que os problemas a serem resolvidos fazem parte da sua realidade. O facto de estabelecer uma relação direta com o utilizador final permite ao designer recolher informações sobre os valores, crenças, sentimentos e pensamentos do seu público, que servirão de base para a apresentação da solução final do problema abordado. É a partir desta consciência do mundo do utilizador final que será possível definir caminhos, idealizar soluções, prototipar para promover experiências reais e testar.

As áreas com desafios diretos de gestão de pessoas são das que mais podem beneficiar com a utilização da metodologia de design thinking. Esta metodologia permite às áreas de recursos humanos reinventarem-se, facilitando a transformação do tradicional modelo orientado para processos, para um modelo mais sofisticado orientado para as pessoas.

O Design Thinking pode contribuir para melhoria da gestão de pessoas de várias formas, entre elas, através da otimização da experiência do colaborador e do candidato (serviço prestado interna ou externamente), da otimização do modelo de aprendizagem, do fomento das competências de criatividade/inovação, da melhoria dos processos, bem como da construção de uma cultura organizacional alinhada com os valores, visão e objetivos da organização.

Em termos práticos, a filosofia de Design Thinking utiliza a sensibilidade e os métodos de Design, para alinhar as necessidades do utilizador final com aquilo que é tecnologicamente exequível, bem como com aquilo que uma estratégia de negócio viável consegue converter em valor para o cliente (interno e externo) e em oportunidade de negócio.

É fundamental que consigamos (re)desenhar as estratégias de continuidade do negócio, nomeadamente colocando as pessoas no centro da estratégia, para dar uma resposta sustentada aos desafios, agravados pela atual crise que vivemos. Através da utilização de metodologias de criatividade e inovação, incluindo o Design Thinking, é possível encontrar novos caminhos e soluções mais eficazes. Criar experiências excecionais!

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