Principal impacto económico da Fórmula 1 em Portugal resulta da cobertura mediática, diz AHETA
Elidérico Viegas reconheceu que o impacto direto, calculado através da ocupação das unidades hoteleiras nas imediações no circuito está “muito aquém do que seria normal”.
O principal impacto económico do Grande Prémio de Portugal em Fórmula 1 no Algarve vai resultar da cobertura mediática e da continuidade da prova na região, defendeu esta terça-feira o líder da maior associação hoteleira da região.
O Autódromo Internacional do Algarve (AIA), em Portimão, vai acolher no domingo a 12.ª prova do Mundial de Fórmula 1, mas o presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) considera necessário “garantir, em termos de futuro a continuidade do evento”, já que, além dos fluxos turísticos que gera, tem “um peso mediático enorme”.
“O principal impacto [económico] tem a ver com a cobertura mediática internacional e o seu contributo para a promoção e divulgação do Algarve internacionalmente, o que é um impacto francamente positivo”, considerou Elidérico Viegas, em declarações à agência Lusa.
O responsável reconheceu que o impacto direto, calculado através da ocupação das unidades hoteleiras nas imediações no circuito, casos da Praia da Rocha e do Alvor, está “muito aquém do que seria normal”.
“Há hotéis [nessa zona] com boas expectativas de ocupação. Não são muito elevadas, já não eram, e ainda menos agora com o agravamento da pandemia”, referiu Elidérico Viegas, sublinhando que o evento vai atrair, sobretudo, espetadores nacionais, devido às restrições nos países de origem de potenciais espetadores e à lotação do autódromo estar “muito reduzida”.
Elidérico Viegas reconheceu que os hotéis vão beneficiar das estadas dos portugueses, “apesar de curtas”, e das “pessoas que gravitam à volta do evento”, que envolve “bastante gente”, havendo hotéis “que vão encerrar imediatamente a seguir” à prova. No domingo, o administrador do AIA admitiu que o limite máximo para a corrida deve rondar os 27.500 espetadores, cerca de um terço da capacidade do recinto.
Em meados de setembro, Paulo Pinheiro estimava que a vinda da Fórmula 1 a Portugal poderia representar um impacto direto na economia da região algarvia superior a 100 milhões de euros.
Inicialmente, foram colocados à venda cerca de 46.000 bilhetes, mas as restrições poderão impossibilitar a existência de lugares de peão, e eventual distribuição pelas bancadas. Paulo Pinheiro admitiu ainda a existência de “várias desistências” de estrangeiros, “que, ou não conseguiram viagem, ou estão com receio” de assistir à corrida.
O Mundial de Fórmula 1 regressa a Portugal 24 anos depois, desta vez ao circuito algarvio, que vai acolher o Grande Prémio de Portugal entre sexta-feira e domingo, dia da 12.ª corrida da temporada.
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