PS acusa Rio de ter “deixado cair o valor do interesse nacional” ao anunciar voto contra no OE2021

O secretário-geral adjunto do PS confessou não ser uma "surpresa" o PSD votar contra o OE2021. Ainda assim, José Luís Carneiro lamenta que Rio tenha "deixado cair o valor do interesse nacional".

Pouco tempo depois de o presidente do PSD ter confirmado que o partido vai votar contra a proposta de Orçamento do Estado para 2021, o secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, veio reagir, referindo que apesar de não ter sido “uma surpresa” é “contraditório” que Rui Rio tenha “deixado cair o valor do interesse nacional”.

Não sendo uma surpresa, não deixa de ser contraditório que o Dr. Rui Rio perante umas maiores crises que se abateu sobre o mundo, sobre a Europa e sobre o nosso pais num momento tão crítico da vida nacional, tenha deixado cair um valor que sempre defendeu: o valor do interesse nacional”, disse José Luís Carneiro, secretário-geral adjunto do PS, em declarações transmitidas pela RTP3.

Para o secretário-geral adjunto do PS, “está feita a prova de que este é um Orçamento de esquerda“, e que “tem uma resposta à crise do país com políticas de esquerda”. José Luís Carneiro mencionou ainda que as medidas apresentadas pelo Executivo socialista no OE 2021 “fortalecessem o investimento público para fazer face a esta pandemia”, bem como os rendimentos das famílias e “protegem as condições de vida” dos portugueses.

Os socialistas sublinham ainda que estar contra este Orçamento é “estar contra o reforço dos meios humanos e técnicos no Serviço Nacional de Saúde. É estar contra o reforço dos meios humanos no sistema educativo nacional. É estar contra o reforço do investimento nos transportes. É estar contra o reforço nas políticas de habitação e é também estar contra as politicas que visam combater e erradicar a pobreza”, elencou.

Aquando do anúncio do voto contra do PSD ao Orçamento do Estado, Rui Rio afirmou que “este Orçamento não é realista”, e que “tem uma série de condicionantes“, já que “Portugal tem um elevado nível de endividamento, público e externo”. Apesar de referir que concorda com várias medidas apresentadas no documento, o presidente dos social-democratas apontou várias fragilidades no documento, nomeadamente por considerar que este Orçamento deveria dar resposta sobretudo às empresas e ao SNS.

Com o voto contra do PSD, o Governo fica nas mãos da esquerda, já que o Partido Socialista tem apenas 108. Com a atual composição do Parlamento, o Orçamento do Estado para 2021 poderá ser viabilizado com a abstenção ou os votos favoráveis do Bloco de Esquerda que tem 19 deputados. O voto a favor do PCP também garantiria a viabilização do documento (10 deputados), ou uma abstenção mas, neste último cenário seria preciso também que o PAN e o PEV se abstivessem.

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