Jerónimo Martins lucra menos 17,8% até setembro. Vendas sobem
Vendas consolidadas subiram 3,9% no período em análise, face aos primeiros nove meses de 2019. EBITDA caiu e lucros também.
O lucro da Jerónimo Martins recuou 17,8% nos primeiros nove meses do ano, face a igual período de 2019, para 219 milhões de euros, anunciou a dona da cadeia de supermercados Pingo Doce.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Jerónimo Martins refere que o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) caiu 1,9% para 1.029 milhões de euros.
A Jerónimo Martins revela que registou um acréscimo de 32 milhões de euros de custos operacionais até setembro relacionados com medidas associadas com a pandemia de Covid-19, onde se inclui prémios extraordinários a equipas operacionais.
Apesar da pandemia, as vendas consolidadas subiram 3,9% no período em análise, face aos primeiros nove meses de 2019, para 14,2 mil milhões de euros.
Na Polónia, as vendas da Biedronka cresceram até setembro 7,3% para 9,9 mil milhões de euros e as da Hebe ascenderam a 180 milhões de euros, em linha com o ano anterior.
Em Portugal, as vendas do Pingo Doce registaram “uma redução de 2,3%” para 2,8 mil milhões de euros até setembro, e o Recheio viu as vendas diminuírem 15,6% para 639 milhões de euros.
Na Colômbia, as vendas da Ara subiram 9,9% para 615 milhões de euros.
Vai pagar dividendo de 13,8 cêntimos
Depois de apresentar estes resultados, o Conselho de Administração da Jerónimo Martins revelou que vai propor a distribuição de dividendos no valor de 86,7 milhões de euros, equivalente a um valor bruto de 0,138 euros por ação.
O Conselho de Administração “irá propor, em assembleia-geral extraordinária a realizar a 26 de novembro, a distribuição de reservas no montante de 86,7 milhões de euros que perfaz o “payout” de 50% dos resultados consolidados de 2019, em linha com a política de dividendos vigente no grupo”. Este montante “junta-se aos 130,1 milhões de euros de dividendos pagos em julho” também referentes a 2019, refere.
Em 13 de maio, a administração Jerónimo Martins tinha revisto em baixa a proposta de pagamento de dividendos relativos a 2019 – feita em fevereiro -, de 0,345 euros para 0,207 euros brutos por ação “dado o atual contexto mundial e a elevada incerteza prevalecente”. Agora, a administração propõe a distribuição aos acionistas do valor então previsto, totalizando os 216,8 milhões de euros.
(Notícia atualizada às 19h17 com mais informação)
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