Airbnb vai criar fundo de 1.000 milhões de dólares para ajudar anfitriões
Depois de ter aumentado para 15% as taxas cobradas aos anfitriões, o Airbnb anuncia agora um fundo para apoiar estes proprietários. Objetivo é alcançar 1.000 milhões de dólares.
Depois de uma série de cancelamentos devido à pandemia, e após ter aumentado para 15% as taxas cobradas aos anfitriões, o Airbnb decidiu compensar os proprietários. Assim, vai criar o Fundo de Apoio para Anfitriões, cujo objetivo é alcançar 1.000 milhões de dólares (cerca de 854 milhões de euros). Será criado o Conselho Consultivo de Anfitriões, que decidirá onde será investido este montante.
Com as reservas canceladas devido à pandemia, o Airbnb decidiu “reembolsar os hóspedes pelo montante total das reservas que foram forçados a cancelar”, uma atitude que deixou alguns dos anfitriões “frustrados” por não terem sido consultados antes. “O facto de se terem sentido desta forma fez-me perceber que nos tínhamos distanciado dos nossos anfitriões e que precisávamos de nos aproximar”, escreveu Brian Chesky, um dos fundadores do Airbnb, numa carta enviada esta sexta-feira aos anfitriões.
Assim, em julho, a empresa de reserva de alojamentos criou uma equipa para “colmatar essa lacuna” e ligar-se aos anfitriões. Foram organizadas reuniões com mais de 3.000 proprietários em todo o mundo e lidos emails e comentários. E as conclusões, diz Brian Chesky, foram que os anfitriões querem ser tratados como colaboradores, ter mais controlo na hora de decidir como hospedar e ter ferramentas que ajudem no crescimento.
E uma das medidas que o Airbnb tomou foi a criação do Fundo de Apoio para Anfitriões. “O fundo será dedicado a questões tais como formação ou recursos financeiros, entre muitas outras iniciativas concebidas para vos ajudar a continuar a acolher”, escreveu o fundador na mesma carta. Através destas ações, a empresa espera alcançar 1.000 milhões de dólares (cerca de 854 milhões de euros). Aí, o objetivo é investir esse montante nos anfitriões, explicou o fundador.
Será o Airbnb a gerir a que se dedicam os fundos de apoio, “mas serão os anfitriões que irão propor para que são utilizados”. E, para assegurar que as opiniões dos proprietários são tidas em conta, será criado o Conselho Consultivo de Anfitriões, que “será responsável por apresentar a forma como os anfitriões querem que o fundo de apoio seja investido na sua comunidade”.
Este Conselho, que participará em reuniões mensais com o Airbnb, será “tão diverso como a comunidade”, diz Brian Chesky: “85% dos anfitriões vivem fora dos Estados Unidos e 55% são mulheres”. Os membros serão conhecidos antes do final do ano.
Para além da criação deste fundo, o Airbnb decidiu “alargar os critérios da categoria Superhost para incluir aqueles que não cumpriram os nossos requisitos relativamente a cancelamentos e reservas” e modificar a Política de Força Maior”, de forma a “limitar os casos em que os convidados podem receber um reembolso total ao cancelar uma reserva”.
Vão também ser expandidas as regras para os hóspedes, dando “mais visibilidade às regras da casa” e garantindo que os viajantes são responsabilizados pelo seu cumprimento. Por último, o Airbnb vai começar a dar aos anfitriões “mais informações sobre o que os hóspedes procuram”.
Este mês a empresa anunciou que, a partir de 7 de dezembro, os anfitriões profissionais — que representam a maior fatia — passariam a pagar uma taxa de 15% ao invés dos habituais 3%. E, tal como o ECO adiantou, os hóspedes vão passar a pagar apenas o valor de reserva do alojamento.
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