Hammond: City é prioridade quando Brexit avançar
Philip Hammond diz que uma das prioridades das negociações do Brexit é a indústria financeira. A City é importante para os bancos, mas também para a economia britânica.
O Reino Unido vai sair da União Europeia. Escolheu um hard Brexit que põe em risco a permanência de muitas instituições financeiras no país. Philip Hammond, o ministro da Economia britânico, sabe disso. E é por isso que, em Davos, veio salientar que a prioridade do governo nas negociações que arrancam em março são os serviços financeiros. Ou seja, a City, em Londres.
O Reino Unido tem de chegar a um acordo com a União Europeia para o divórcio que ficou decidido no referendo feito a 23 de junho. Neste acordo, há um ponto sensível: a indústria financeira. A importância dos centro financeiro londrino a City, vai ser um assunto chave nas negociações que começam em março, segundo disse Philip Hammond, em entrevista à jornalista Francine Lacqua, da Bloomberg, durante o fórum económico em Davos.
“Tentar um bom acordo de transações comerciais para o Reino Unido [que vai sair do mercado único] tem de incluir a transação de bens e serviços”, notando que Londres é, acima de tudo, um centro financeiro com bancos de todo o mundo. “Temos de assegurar que isso fica protegido no acordo que vamos estabelecer”, acrescentou Hammond.
“Daqui a seis meses teremos uma ideia muito mais clara de até onde poderemos ir”, sublinhou Hammond. O ministro da Economia britânico falou ainda da necessidade de o Reino Unido se assumir como “pragmático” nesta saída e em relação aos desafios que se avizinham, sobretudo para a indústria financeira.
Esta terça-feira, a primeira-ministra britânica, Theresa May, falou em Londres sobre os principais objetivos para o Reino Unido no momento da saída da União Europeia, mas deixou claro que a decisão final quanto ao “acordo comercial” a assinar com o Velho Continente ficava nas mãos do governo inglês. Quer um bom acordo.
Theresa May vai falar no fórum económico em Davos esta quinta-feira, e vai reunir-se com os executivos de Wall Street. A preocupação da primeira-ministra é que o Brexit vai significar a necessidade de um passaporte para as operações financeiras dos bancos da City com o resto da Europa.
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