Direitos afundam. BCP cai mais de 10%
Os direitos dispararam antes de entrarem em bolsa, mas na sessão de estreia afundaram. Perderam mais de um terço do valor, colocando uma forte pressão nas ações do BCP.
O BCP afundou no primeiro dia de negociação dos direitos do aumento de capital. Com as forte pressão vendedora sobre os títulos que permitem subscrever as novas ações do banco, os títulos recuaram mais de 10%. A queda não foi, ainda assim, tão expressiva quanto poderia ter sido, permitindo aos investidores um desconto na aquisição das novas ações a serem emitidas se optarem por apostar nos direitos.
Os direitos foram destacados da ação do BCP no arranque da semana. À data, apresentavam um valor teórico de 66,5 cêntimos, sendo que com a forte valorização das ações nas últimas duas sessões chegaram ao mercado com um valor teórico de 1,005 euros. Estrearam-se em bolsa com uma queda de mais de 40%, encerrando nos 64 cêntimos, uma descida de 36,3%.
Esta queda acentuada, num dia em que trocaram de mãos 29,5 milhões de títulos, colocou pressão nas ações do banco liderado por Nuno Amado. As ações abriram com uma queda ligeira que se foi acentuando ao longo do dia. Chegaram a perder um máximo de 12,48%, encerrando a cair 11,37% para os 14,27 cêntimos.
BCP cai mais de 10%
Após os fortes ganhos das últimas sessões, o BCP afundou, mas a queda acabou por não ser tão expressiva quanto poderia ter sido. É que sendo o ativo subjacente dos direitos e das ações o mesmo, o banco liderado por Nuno Amado, o desempenho de um tende a influenciar o outro, mas existem sempre momentos de desequilíbrio.
Com base na cotação de fecho do direitos, o valor para subscrever cada uma é, em teoria, de 4,26 cêntimos mais o preço de subscrição das novas ações de 9,4 cêntimos. Ou seja, cada ação custa 13,66 cêntimos, um valor inferior à atual cotação do BCP na bolsa de Lisboa. Assim, quem quiser entrar no capital do BCP consegue comprar as novas ações 4,2% abaixo do valor a que as atuais estão no mercado.
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