Colégio Eleitoral confirma eleição de Joe Biden

  • Lusa e ECO
  • 14 Dezembro 2020

Vitória de Biden foi ratificada depois de os delegados do Colégio Eleitoral pela Califórnia atribuírem os 55 votos daquele estado ao democrata. Democrata ultrapassou o mínimo de 270 necessários.

O Colégio Eleitoral dos Estados Unidos validou esta segunda-feira a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais, que com 302 votos ultrapassou o mínimo de 270 necessários para poder ser o 46.º Presidente norte-americano.

A vitória de Joe Biden foi ratificada depois de os delegados do Colégio Eleitoral pela Califórnia atribuírem os 55 votos daquele estado ao democrata, que já tinha 347 votos e agora tem 302, de um total de 538. A decisão foi anunciada em Sacramento, na Califórnia, às 17h29 de Washington, capital dos EUA (22h29 em Lisboa).

Contudo, o Presidente eleito apenas vai ser declarado oficialmente o sucessor de Donald Trump quando o Havai depositar os seus votos, finalizando o processo de atribuição de votos nos 50 estados. Os quatro votos do Havai também deverão ser atribuídos a Joe Biden, que, de acordo com as projeções de vários órgãos de comunicação social norte-americanos, vai terminar este processo com 306 votos do Colégio Eleitoral. Trump arrecadou apenas 232.

Joe Biden já reagiu nas redes sociais, recorrendo ao Twitter para escrever: “Hoje, os membros do Colégio Eleitoral votaram para presidente e vice-presidente. E mais uma vez, o Estado de Direito, a nossa Constituição e a vontade do povo prevaleceram. A nossa democracia — pressionada, testada e ameaçada — provou ser resiliente, verdadeira e forte”.

E, noutro tweet, acrescentou que “na América, os políticos não assumem o poder — as pessoas concedem-lhes o poder”. “A chama da democracia foi acesa nesta nação há muito tempo. E agora sabemos que nada — nem mesmo uma pandemia ou abuso de poder — pode apagar essa chama”.

Mais tarde, durante um discurso em Wilmington, no Delaware, Joe Biden afirmou que, se em 2016 306 grandes eleitores correspondiam a uma vitória clara [de Donald Trump], em 2020 insinua “respeitosamente” que tem de significar o mesmo, razão pela qual Trump tem de acabar com as acusações infundadas de fraude eleitoral e aceitar a derrota.

O democrata disse ainda que “aconteceu algo que muito poucos previam” e os norte-americanos “votaram em número recorde”. E isto “devei ser celebrado, não atacado”, completou Biden. O ‘dedo foi apontado’ à candidatura de Trump, que tentou a todo o custo reverter os resultados, fomentando teorias da conspiração e propagando desinformação.

A vice-presidente escolhida por Joe Biden, Kamala Harris, também recorreu ao Twitter para comentar, ao mesmo tempo que o democrata discursava, afirmando que Joe Biden “está a dizer a verdade”. “Nós, o povo, votámos. Mantida a fé nas nossas instituições. A integridade das nossas eleições permanece intacta. Agora é hora de virar a página, como fizemos ao longo de nossa história. Para unir. Curar“, escreveu.

Nos Estados Unidos, o Presidente não é escolhido por voto popular, mas por sistema indireto, através do voto dos grandes eleitores, escolhidos em função dos resultados eleitorais e em função da população de cada estado (com os mais populosos a ter direito a mais votos). Biden venceu em vários estados que lhe atribuíram 306 delegados, superando o mínimo de 270 necessários para ser Presidente.

A cerimónia de tomada de posse de Biden enquanto o 46.º Presidente dos Estados Unidos vai ser realizada em 20 de janeiro. O democrata de 78 anos também vai ser o chefe de Estado mais velho a ocupar o cargo e na vice-presidência tem Kamala Harris, de 56 anos, que é também a primeira mulher, afro-americana e cidadã de origem indiana a ocupar o cargo.

(Notícia atualizada às 8h33 com reações e discurso de Joe Biden)

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