Colégio Eleitoral confirma eleição de Joe Biden
Vitória de Biden foi ratificada depois de os delegados do Colégio Eleitoral pela Califórnia atribuírem os 55 votos daquele estado ao democrata. Democrata ultrapassou o mínimo de 270 necessários.
O Colégio Eleitoral dos Estados Unidos validou esta segunda-feira a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais, que com 302 votos ultrapassou o mínimo de 270 necessários para poder ser o 46.º Presidente norte-americano.
A vitória de Joe Biden foi ratificada depois de os delegados do Colégio Eleitoral pela Califórnia atribuírem os 55 votos daquele estado ao democrata, que já tinha 347 votos e agora tem 302, de um total de 538. A decisão foi anunciada em Sacramento, na Califórnia, às 17h29 de Washington, capital dos EUA (22h29 em Lisboa).
Contudo, o Presidente eleito apenas vai ser declarado oficialmente o sucessor de Donald Trump quando o Havai depositar os seus votos, finalizando o processo de atribuição de votos nos 50 estados. Os quatro votos do Havai também deverão ser atribuídos a Joe Biden, que, de acordo com as projeções de vários órgãos de comunicação social norte-americanos, vai terminar este processo com 306 votos do Colégio Eleitoral. Trump arrecadou apenas 232.
Joe Biden já reagiu nas redes sociais, recorrendo ao Twitter para escrever: “Hoje, os membros do Colégio Eleitoral votaram para presidente e vice-presidente. E mais uma vez, o Estado de Direito, a nossa Constituição e a vontade do povo prevaleceram. A nossa democracia — pressionada, testada e ameaçada — provou ser resiliente, verdadeira e forte”.
Tweet from @JoeBiden
E, noutro tweet, acrescentou que “na América, os políticos não assumem o poder — as pessoas concedem-lhes o poder”. “A chama da democracia foi acesa nesta nação há muito tempo. E agora sabemos que nada — nem mesmo uma pandemia ou abuso de poder — pode apagar essa chama”.
Mais tarde, durante um discurso em Wilmington, no Delaware, Joe Biden afirmou que, se em 2016 306 grandes eleitores correspondiam a uma vitória clara [de Donald Trump], em 2020 insinua “respeitosamente” que tem de significar o mesmo, razão pela qual Trump tem de acabar com as acusações infundadas de fraude eleitoral e aceitar a derrota.
O democrata disse ainda que “aconteceu algo que muito poucos previam” e os norte-americanos “votaram em número recorde”. E isto “devei ser celebrado, não atacado”, completou Biden. O ‘dedo foi apontado’ à candidatura de Trump, que tentou a todo o custo reverter os resultados, fomentando teorias da conspiração e propagando desinformação.
A vice-presidente escolhida por Joe Biden, Kamala Harris, também recorreu ao Twitter para comentar, ao mesmo tempo que o democrata discursava, afirmando que Joe Biden “está a dizer a verdade”. “Nós, o povo, votámos. Mantida a fé nas nossas instituições. A integridade das nossas eleições permanece intacta. Agora é hora de virar a página, como fizemos ao longo de nossa história. Para unir. Curar“, escreveu.
Tweet from @KamalaHarris
Nos Estados Unidos, o Presidente não é escolhido por voto popular, mas por sistema indireto, através do voto dos grandes eleitores, escolhidos em função dos resultados eleitorais e em função da população de cada estado (com os mais populosos a ter direito a mais votos). Biden venceu em vários estados que lhe atribuíram 306 delegados, superando o mínimo de 270 necessários para ser Presidente.
A cerimónia de tomada de posse de Biden enquanto o 46.º Presidente dos Estados Unidos vai ser realizada em 20 de janeiro. O democrata de 78 anos também vai ser o chefe de Estado mais velho a ocupar o cargo e na vice-presidência tem Kamala Harris, de 56 anos, que é também a primeira mulher, afro-americana e cidadã de origem indiana a ocupar o cargo.
(Notícia atualizada às 8h33 com reações e discurso de Joe Biden)
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