EUA preveem aprovar vacina da AstraZeneca/Oxford em abril

  • Lusa
  • 30 Dezembro 2020

A vacina da AstraZeneca/Oxford é bastante aguardada devido a razões práticas: é mais barata e pode ser armazenada em condições de refrigeração vulgares (2 a 8 graus Celsius).

Os Estados Unidos afirmaram esta quarta-feira que anteveem aprovar a vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca em abril, mais de três meses depois da ‘luz verde’ do regulador britânico oficializada esta quarta-feira. A previsão foi avançada pelo conselheiro-chefe do programa norte-americano de imunização contra o novo coronavírus, Moncef Slaoui.

A Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos para a Saúde do Reino Unido (MHRA), que autorizou esta quarta-feira o uso da vacina da AstraZeneca/Oxford no território britânico, é “uma instituição reguladora muito talentosa, de base científica e não tenho dúvidas quanto à sua decisão”, disse o especialista numa conferência de imprensa. Mas, segundo frisou Moncef Slaoui, o contexto regulatório é diferente nos Estados Unidos, explicando que os ensaios clínicos e as avaliações necessárias não permitem ter uma aprovação antes “do início de abril” de 2021. Moncef Slaoui salientou, nomeadamente, a necessidade de provar a eficácia da vacina nos idosos.

Desenvolvida pelo grupo farmacêutico britânico AstraZeneca em parceria com a também britânica Universidade de Oxford, esta vacina vai começar a ser administrada no Reino Unido a partir do dia 04 de janeiro. O Reino Unido já tinha aprovado, no início de dezembro, uma autorização de emergência para a vacina criada pela norte-americana Pfizer e pela alemã BioNTech. Aliás, foi o primeiro país do mundo a aprovar a vacina da Pfizer/BioNTech.

A vacina da AstraZeneca/Oxford é bastante aguardada devido a razões práticas: é mais barata e pode ser armazenada em condições de refrigeração vulgares (2 a 8 graus Celsius), o que facilita um processo de vacinação em grande escala.

Em relação à vacina desenvolvida pelo gigante norte-americano Johnson & Johnson, Moncef Slaoui antevê uma possível aprovação nos Estados Unidos em fevereiro. Esta vacina é igualmente aguardada com expectativa, uma vez que só necessita da administração de uma dose, ao contrário das vacinas aprovadas até agora (duas doses).

Neste momento, duas vacinas (Pfizer/BioNTech e Moderna) estão autorizadas nos Estados Unidos e mais de 2,1 milhões de pessoas já receberam a primeira inoculação. Este número está longe do objetivo traçado pela administração norte-americana ainda em funções, liderada pelo Presidente Donald Trump, que prometeu ter 20 milhões de pessoas vacinadas até ao final do ano. Na terça-feira, o Presidente eleito Joe Biden lamentou o “atraso” do processo.

O general Gus Perna, da Operação Warp Speed (nome do programa de desenvolvimento de vacinas e do programa de imunização nos EUA), precisou, entretanto, que 14 milhões de doses tinham sido distribuídas no país e assegurou que “as autoridades locais estavam a trabalhar arduamente” para administrá-las.

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