Grupo Zurich vai abandonar projeto Nord Stream 2

  • ECO Seguros
  • 19 Janeiro 2021

A seguradora suíça reagiu à notícia vincando que se orienta por regras de compliance abrangentes e que está pronta para cumprir a aplicação de qualquer regime de sanções.

O Zurich Insurance Group vai abandonar o projeto Nord Stream 2, da Rússia, face à iminência de sanções dos EUA contra as empresas europeias que apoiam a construção do gasoduto de 11 mil milhões de dólares, noticiou a Reuters.

O Departamento de Estado norte-americano avisou as empresas que ajudam na construção do gasoduto para estarem prontas para enfrentar o risco de sanções, uma vez que a administração Trump, presidente cessante, prepara uma ronda final de medidas punitivas contra o projeto.

O grupo Zurich, que tem parcela importante de negócios nos EUA, é uma das cerca de 20 seguradoras que apoiam o projeto, disse fonte da agência internacional de informação. A companhia suíça recusou-se a comentar sobre clientes específicos, mas explicou: “A Zurich guia-se por normas de compliance abrangentes e cumprirá integralmente as condições de um quadro de sanções aplicáveis“.

O consórcio do projeto Nord Stream 2 anunciou na última semana que os trabalhos preparatórios para completar o gasoduto submarino (que ligará à Alemanha) em águas dinamarquesas irão prosseguir, após notificações recentes da Autoridade Marítima Dinamarquesa.

A construção do Nord Stream 2 foi interrompida em dezembro de 2019, na sequência de uma ameaça de sanções por parte dos Estados Unidos, que pretendem reduzir a dependência da Europa face aos recursos energéticos russos e vender o seu próprio gás natural liquefeito à região.

No aviso lançado há cerca de uma semana, Washington disse que se as empresas não suspenderem a sua colaboração com o projeto, seja através de seguros ou na verificação do equipamento de construção, poderão enfrentar sanções norte-americanas. Durante o seu mandato, o presidente cessante criticou a Alemanha, repetidamente, por ser parte no projeto e por importar energia com origem na Rússia.

Joe Biden, o presidente eleito que irá tomar posse a 20 de janeiro, também foi contra o projeto do gasoduto quando era vice-presidente de Barack Obama.

O Nord Stream 2, liderado pela estatal russa Gazprom, foi desenhado para duplicar a capacidade do gasoduto submarino já existente (Nord Stream), da Rússia para a Alemanha, para 110 mil milhões de metros cúbicos por ano, o que representa mais de metade das exportações totais de gás através de pipelines da Rússia para a Europa.

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