Yellen alerta para “abismo” no mercado de trabalho nos EUA
A secretária de Estado do Tesouro americano mostrou-se preocupada com a "estagnação" do mercado de trabalho. Janet Yellen alertou para um "abismo" do qual EUA "estão longe de sair".
A secretária do Tesouro norte-americana, Janet Yellen, expressou preocupação com a estagnação do mercado de trabalho no país, mas disse esperar um regresso ao pleno emprego em 2022 se for aprovado o plano de resgate da economia proposto pelo Presidente.
“Receio que o mercado de trabalho esteja estagnado”, declarou Janet Yellen numa entrevista à CNN, evocando o relatório sobre o emprego nos EUA divulgado na sexta-feira.
“Temos 10 milhões de norte-americanos desempregados. Quatro milhões saíram do mercado de trabalho”, disse.
Janet Yellen considerou que em relação ao mercado de trabalho os EUA se encontram “num abismo (…) e longe de sair”, alertando que, sem a aprovação pelo Congresso do resgate económico proposto pelo Presidente Joe Biden, “a taxa de desemprego permanecerá alta nos próximos anos”.
No entanto, com os 1.900 mil milhões de dólares (1.577 mil milhões de euros) injetados na economia como previsto naquele plano, os EUA poderão “voltar ao pleno emprego no próximo ano”, previu a secretária do Tesouro em declarações à cadeia CNN.
Enquanto esperam que o plano de resgate seja aplicado, cerca de 36 milhões de norte-americanos enfrentam a fome e o risco de perder a sua casa, lamentou.
De acordo com o referido relatório, a taxa de desemprego nos EUA baixou 0,4 pontos percentuais para 6,3% em janeiro, o nível mais baixo desde o início da pandemia da covid-19, antes da qual a taxa de desemprego era de 3,5%.
A aprovação definitiva do plano de resgate poderá acontecer em duas semanas, segundo a presidente da câmara baixa do parlamento norte-americano, Nancy Pelosi.
A proposta inclui a distribuição de cheques de 1.400 dólares (1.162 euros) aos contribuintes, um subsídio de desemprego semanal de 400 dólares (332 euros) e 350.000 dólares (290.000 euros) para ajudar as administrações estatais e municipais a enfrentarem os efeitos da pandemia.
Prevê ainda o aumento do salário mínimo para os 15 dólares (12,4 euros) por hora em todo o país e mais fundos para os cuidados à infância, o financiamento das escolas e a distribuição das vacinas.
Em março de 2020, o Congresso aprovou um pacote de medidas de estímulo da economia de 2,2 biliões de dólares (1,8 biliões de euros) – o maior da história dos Estados Unidos – e em dezembro um outro de 900.000 milhões (747 milhões).
A economia dos EUA contraiu 3,5% em 2020, a maior queda desde a Segunda Guerra Mundial, e o ritmo de recuperação desacelerou substancialmente no último trimestre, informou na quinta-feira o gabinete de Análise Económica do Departamento de Comércio.
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