Bitcoin supera os 49 mil dólares pela primeira vez

A bitcoin tem ganho vários apoios importantes como o da Tesla, mas no mundo da finança também há vários céticos que avisam que este ativo financeiro poderá estar a caminhar para uma bolha.

A maior criptomoeda do mundo superou este domingo os 49 mil dólares pela primeira vez, aproximando-se da fasquia dos 50 mil dólares. Este ativo financeiro está a valorizar 70% desde o início do ano, altura em que valia cerca de 29 mil dólares. A criptomoeda rival Ether atingiu um recorde este sábado e valoriza 150% desde o início do ano.

A bitcoin tem beneficiado dos endorsements de vários investidores como Paul Tudor Jones e Stan Druckenmiller, assim como Elon Musk, o fundador e dono da Tesla. A própria empresa — que é a cotada do setor automóvel mais valiosa — começou a investir na criptomoeda (cerca de 1,5 mil milhões de dólares) e passou a aceitá-la, ainda que de forma limitada, como forma de pagamento dos seus produtos.

O efeito Tesla já tinha levado a bitcoin a disparar, mas o apoio à criptomoeda continuou a crescer: a Bloomberg avançou recentemente que a Morgan Stanley, um dos maiores bancos de investimento dos EUA, já equaciona investir na bitcoin. Na semana passada, a BNY Mellon anunciou que irá oferecer serviços de criptomoedas aos seus clientes.

No mundo da finança também há vários céticos que avisam que este ativo financeiro poderá estar a caminhar para uma bolha. É o caso de Vítor Constâncio, ex-vice-presidente do Banco Central Europeu, que tem deixado alertas sobre a bitcoin: “A bitcoin é apenas uma série de zeros e uns numa rede de computadores. Não tem valor de uso fundamental porque nunca será uma moeda“. Para o ex-governador do Banco de Portugal estes são ativos “especulativos”, defendendo que “os preços da bitcoin devem aparecer nas listas de commodities e não nas colunas cambiais”.

A bitcoin é o criptoativo dominante, representando mais de 62% do mercado global de criptomoedas, de acordo com dados do portal CoinMarketCap. Apesar de ter uma base de fãs junto da população mais jovem, a bitcoin também é criticada pelo impacto que tem no ambiente: a mineração da criptomoeda, que envolve a resolução de equações matemáticas por milhões de computadores em simultâneo, consome 121,36 TWh de eletricidade por ano, que é quase 2,5 vezes mais do que o consumo anual de eletricidade de Portugal.

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