Revolut duplica transações em Portugal face ao primeiro confinamento
A operadora de pagamentos britânica duplicou as transações realizadas em Portugal no início do segundo confinamento quando comparada com o primeiro que decorreu em abril do ano passado.
A operadora de pagamentos britânica Revolut duplicou as transações realizadas em Portugal no início do segundo confinamento relacionado com a pandemia de Covid-19 face ao primeiro, adiantou esta sexta-feira a empresa à Lusa.
“Segundo os dados do primeiro mês do novo confinamento geral em Portugal, entre 15 de janeiro e 15 de fevereiro de 2021, face ao primeiro mês de confinamento de 2020 (entre março e abril), os portugueses duplicaram as transações em diferentes categorias, utilizando os seus cartões Revolut”, pode ler-se num comunicado enviado à Lusa.
De acordo com a empresa, “o volume gasto também foi 1,6 vezes superior” face ao confinamento de 2020, e as compras, produtos de mercearia ou restauração “foram as categorias nas quais os portugueses acumularam mais operações durante este primeiro mês de confinamento”.
Na restauração, as transações com Revolut “mais que duplicaram no último mês“, e “a plataforma com maior volume de transações continua a ser a Uber Eats, o que indicia que os clientes têm optado pela adesão a serviços de entrega de refeições ao domicílio”.
Os dados divulgados pela empresa à Lusa indicam ainda que “as transações no segmento de viagens também duplicaram“, e nos produtos de mercearia “o número de transações foi 1,5 vezes superior ao registado no primeiro mês do confinamento anterior”.
“Para estes números poderá ter contribuído também o aumento da capacidade de resposta nos serviços de entrega ao domicílio das grandes superfícies comerciais, que apresentavam longos períodos de espera em 2020”, aventou a empresa no comunicado enviado à Lusa.
Relativamente aos pagamentos sem contacto (contactless), a empresa adiantou que “no primeiro confinamento, 65% dos pagamentos físicos eram feitos com recurso a esta tecnologia, seguida por 34% feito com recurso a PIN”, mas atualmente “os pagamentos contactless dominam, e representam 78% do método de pagamento”.
O Banco de Portugal (BdP) adiantou esta sexta-feira que, no total, o valor das operações com cartão de pagamento caiu, em janeiro, 10% em relação ao mesmo mês de 2020, atingindo 9.693 milhões de euros.
O número de operações com cartão caiu 19,6% no mesmo período, para 171,2 milhões, de acordo com os dados publicados pelo banco central.
De acordo com os dados apurados pelo BdP, o valor das compras com cartão atingiu, no mês passado, pouco mais de três mil milhões de euros, uma redução de 12,8% em relação ao período homólogo, com o número de operações a reduzir-se em 17,6%, fixando-se em 83,2 milhões.
O BdP aponta ainda que “os dados sugerem que as medidas de confinamento adotadas no início de 2021 estão a ter um impacto menos significativo no valor das compras efetuadas com cartão do que as adotadas entre março e junho do ano passado”.
Segundo o BdP, “de 18 de janeiro a 14 de fevereiro de 2021, período de confinamento generalizado com as escolas encerradas, o valor das compras com cartão, efetuadas por portugueses em Portugal, registou uma redução homóloga média de 21%, que compara com uma diminuição de 37% durante as primeiras quatro semanas de confinamento de 2020 (entre 16 de março e 12 de abril)”.
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