Preço dos combustíveis sobe em fevereiro. Saiba em que distritos paga menos para abastecer
Gasóleo e gasolina encareceram 4% em fevereiro. ERSE revela em que distritos é mais barato encher o depósito e garante que postos dos hipermercados permitem poupar 14 cêntimos/litro de combustível.
O preço do gasóleo subiu 3,9% em fevereiro, enquanto o da gasolina aumentou 3,4%, comparativamente com o mês anterior. Braga, Viseu, Aveiro e Santarém são os distritos onde os combustíveis são mais baratos, enquanto Bragança, Lisboa, Beja, Portalegre e Faro são aqueles onde fica mais caro atestar o depósito.
Os números fazem parte do Boletim do Mercado dos Combustíveis e GPL relativo a fevereiro e publicado esta quarta-feira pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). De acordo com o regulador, os preços dos combustíveis rodoviários acompanharam a cotação do petróleo e derivados no mercado internacional, num mês em que o valor do barril “manteve a trajetória ascendente”, negociando acima dos 60 dólares.
“Em fevereiro, o preço da gasolina na Europa aumentou face ao mês anterior, atingindo o máximo dos últimos 11 meses. […] A diminuição das restrições de circulação em alguns países europeus e norte-americanos pode ter contribuído para o aumento dos preços”, explica a ERSE no referido relatório. Quanto ao preço do gasóleo, a subida também está em linha com a valorização do crude, mas “este incremento não se refletiu nas margens de refinação, uma vez que a Rússia aumentou o fluxo de gasóleo no mercado”.
Além da discriminação pelas regiões do país onde é mais caro e mais barato abastecer, a ERSE destaca que “os hipermercados continuam a apresentar as ofertas mais competitivas, 3,4% abaixo dos operadores do segmento low-cost e 8,7% inferiores aos dos postos de abastecimento que operam sob a insígnia de uma companhia petrolífera, representando uma poupança de 14 cêntimos por litro”.
GPL mais caro em Faro, Beja, Setúbal, Lisboa e Coimbra
Quanto às cotações do GPL (gases de petróleo liquefeito) na Europa, “aumentaram em fevereiro face a janeiro”, indica a ERSE. A entidade sublinha também que “o propano negociou, em média, 2,7% acima do butano”. “O propano atingiu um preço máximo de 52,7 cêntimos por quilograma e o butano 51,3 cêntimos por quilograma, e um preço mínimo de 45,3 cêntimos por quilograma e 45,2 cêntimos por quilograma, respetivamente”, acrescenta.
“Viana do Castelo, Bragança e Vila Real registaram, para Portugal continental, a garrafa de GPL (butano e propano) com o menor custo. Já Faro, Beja, Setúbal, Lisboa e Coimbra apresentaram os preços mais elevados”, frisa a ERSE.
Quanto ao jet fuel, o combustível usado na aviação, o preço “voltou a aumentar em fevereiro, seguindo o preço do contrato de gasóleo subjacente, apesar da perspetiva de diminuição da procura durante o primeiro trimestre”. “As restrições de produção no território europeu, bem como a diminuição de importações foram fundamentais para o aumento do preço. Em contraciclo, a diminuição na atividade da maioria das companhias aéreas europeias, durante o primeiro trimestre do ano, está a conter a subida”, afirma o regulador dos serviços energéticos.
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