Frigoríficos e ares condicionados já não têm de provocar efeito de estufa
Um relatório divulgado este sábado inclui a lista de marcas de produtos, domésticos ou industriais, que já não usam gases com efeito de estufa.
Os gases usados em equipamentos como frigoríficos e ares condicionados provocam elevado efeito de estufa, mas já há marcas a usar gases com baixo ou nenhum potencial de aquecimento global, alerta um relatório divulgado este sábado.
Da responsabilidade da “Environmental Investigation Agency” (EIA), uma organização não governamental internacional que investiga e divulga crimes e abusos ambientais, o relatório inclui a lista de marcas de produtos, domésticos ou industriais, que já não usam gases com efeito de estufa.
Num comunicado sobre o relatório, a organização ambientalista portuguesa Zero lembra que com o aumento médio das temperaturas globais prevê-se um aumento também do uso de ar condicionado para arrefecer casas e locais de trabalho e industriais, o que “coloca um problema grave”.
“O impacto climático dos equipamentos de refrigeração atualmente utilizados, incluindo frigoríficos e ar condicionado, é duplo: têm um peso significativo no consumo de eletricidade e dependem frequentemente de gases refrigerantes altamente poluentes, como os hidrofluorocarbonetos (HFC), que contribuem para as alterações climáticas”, alerta a Zero, acrescentando que em 2018 estes gases representavam 5% dos gases com efeito de estufa e que é “fundamental” deixarem de ser usados.
As duas organizações defendem a necessidade de haver uma transição para equipamentos de refrigeração que não utilizam os HFC e a EIA apresenta no relatório os equipamentos de refrigeração que já utilizam gases com pouco ou nenhum efeito de estufa (em https://eia-international.org/report/pathway-to-net-zero-cooling-product-list/).
“Este relatório pretende ajudar os particulares e as empresas, que estão cada vez mais conscientes da importância de fazer a sua parte na luta contra as alterações climáticas, a identificar os equipamentos que menos contribuem para as alterações climáticas, e assim fazer escolhas mais sustentáveis”, diz a Zero no comunicado.
Os setores abrangidos no documento para os quais há soluções sustentáveis são os equipamentos de refrigeração e os ares condicionados domésticos, comerciais e industriais, os veículos de transporte de mercadorias refrigeradas e ainda as bombas de calor domésticas, comerciais e industriais.
A Zero lembra que o Regulamento dos Gases fluorados está em fase de revisão, pretendendo-se uma legislação mais ambiciosa, e diz que é necessário a evolução nas tecnologias nos diferentes segmentos de mercado, e a sua aplicação no terreno, sendo para isso importante que os cidadãos e as empresas façam as escolhas mais sustentáveis.
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