Portugal consegue juros negativos recorde em emissão de dívida a 3 e 11 meses

Portugal voltou esta quarta-feira ao mercado de dívida para uma emissão dupla de Bilhetes do Tesouro a três e 11 meses, na qual obteve juros mais negativos.

Portugal voltou esta quarta-feira ao mercado de dívida para uma emissão dupla de Bilhetes do Tesouro a três e 11 meses, na qual obteve os juros mais baixos de sempre em ambas as maturidades. O país continua a beneficiar de melhorias nas condições de financiamento e a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP, liderada por Cristina Casalinho, colocou um total de 1.250 milhões de euros.

Na maturidade mais longa, até 18 de março de 2022, o IGCP colocou 800 milhões de euros, com uma yield de -0,558%. A última vez que o país se tinha financiado a 11 meses foi em fevereiro e, na altura, conseguiu um juro de -0,524%. O valor pedido pelos investidores continua assim a recuar e bate o anterior mínimo de sempre.

Já no que diz respeito aos títulos a três meses, ou seja com prazo até 16 de julho de 2021, a yield conseguida foi de -0,599% pela emissão de 450 milhões de euros. No último leilão comparável, também em fevereiro, tinha sido de -0,543% e é também neste caso um novo recorde.

A quebra dos juros — que tem sido tendência tanto no mercado primário como secundário — acompanhou o reforço do apetite dos investidores por dívida nacional. Nos títulos a 11 meses, a procura foi 3,04 vezes superior à oferta (o que compara com 2,75 vezes no último leilão comparável), enquanto a 3 meses a procura dos investidores superou a oferta em 3,65 vezes (contra 2,87 vezes em agosto do ano passado).

Este foi o primeiro leilão de BT realizado pelo este trimestre, no qual a agência espera arrecadar um total máximo de 4,25 mil milhões em dívida de curto prazo. As próximas duas colocações irão acontecer a 19 de maio e 16 de junho, sendo que o IGCP irá conduzir igualmente vendas sindicadas e leilões de Obrigações do Tesouro.

(Notícia atualizada às 11h00)

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