Fundo Virgínia Coutinho para mulheres líderes em Moçambique
Virgínia Coutinho morreu no dia 20 de abril, vítima de cancro diagnosticado há poucas semanas. Fundadora da Lisbon Digital School, promoveu um fundo de apoio a mulheres líderes em Moçambique.
Virgínia Coutinho era considerada uma força da natureza. No dia 12, deixa uma mensagem na sua página de Facebook que foi um murro no estômago, a revelação de que lhe tinha sido diagnosticado um cancro raro e sem cura, mas isso não a impediu de trabalhar na criação de um fundo, através da Associação Girls Move, para apoiar uma nova geração de mulheres líderes em Moçambique. Virgínia Coutinho morreu esta terça-feira, dia 20.
Nas redes sociais, sucedem-se as homenagens a Virgínia Coutinho. Há dias, no Observador, José Crespo de Carvalho, do INDEG, deu visibilidade mediática ao drama da fundadora da Lisbon Digital School. “Se alguma coisa puder dizer sobre a Virgínia, é que ela é a pessoa certa para se falar em educação e em conhecimento. Ela é a pessoa certa para se falar no valor do trabalho. E no valor do trabalho orientado para a formação. O valor e a diferença que faz ter conhecimento. É isso que é o projeto da Virgínia”. O projeto que resultou, entre outras coisas, numa escola de marketing, em projetos digitais, em formação e conhecimento.
Nesse artigo, o presidente da comissão executiva do INDEG – ISCTE Executive Education, anunciou, nesse mesmo artigo, que instituiria um prémio Virgínia Coutinho para o melhor grupo da pós-graduação em applied digital marketing.
De acordo com a Meios & Publicidade, Virgínia Coutinho começou a sua carreira na área de branding, na agência Ivity Brand Corp, em 2009. Seguiu-se a marca EDP, onde fez parte da equipa de marca e comunicação. Passou pelas agências Stepvalue e Up Partner e, em 2014, mudou-se para o Brasil para se juntar à equipa da Socialbakers. Em 2017 regressou a Portugal e passou a ser formadora oficial da Google, no Programa Google Atelier Digital destinado a estudantes e profissionais. Fundou e organizou o evento Upload Lisboa. Foi também co-autora do livro Marketing Digital para Empresas. Virgínia Coutinho chegou a ser colunista do Meios & Publicidade, com uma crónica mensal dedicada ao Facebook”.
No post que partilhou no Facebook, “cancro Intra Hepático, nas vias biliares, estágio 4, sem cura”, Virgínia Coutinho deixou três pedidos:
- Dêem sangue. Sou dadora há imensos anos, mas não imaginam a gratidão que senti em cada transfusão (foram umas 6) que me foi feita, por alguém se ter predisposto a dar parte de si a quem precisa. As reservas estão baixas, não custa muito. Quem tiver a oportunidade de o fazer, mande-me fotos!! Vou adorar saber que “inspirei”;
- Não adiem os vossos exames de rotina. Tenho ecografias a todos os órgãos abdominais que tinha feito em fevereiro de 2020, e em março de 2021 é-me detectado um cancro, com um tumor de 11cm sem cura, e que não pára de crescer… Não descurem da vossa saúde;
- Aproveitem a vida. Dêem valor ao pouco que por vezes parece que têm…
Nota: Se quiser apoiar o fundo de apoio às mulheres líderes em Moçambique, um país pelo qual Virgínia Coutinho era apaixonada, pode contribuir para a Associação Girls Move Portugal através do IBAN: PT50003300004548587001605.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Fundo Virgínia Coutinho para mulheres líderes em Moçambique
{{ noCommentsLabel }}