Número de pessoas a entrar no mercado de trabalho na UE é o mais baixo desde a crise financeira
Na União Europeia, o número de pessoas a entrar no mercado de trabalho em 2020 atingiu mínimos da crise financeira por causa da pandemia.
A crise pandémica afetou de forma significativa o mercado de trabalho na União Europeia, apesar dos esforços dos Estados para manter o emprego. A quebra sem precedente do PIB durante 2020 e as restrições existentes levou a que o número de pessoas a entrar o mercado de trabalho tenha descido para o nível mais baixo desde a crise financeira, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat.
“Em 2020, a pandemia de Covid-19 e as medidas dos governos para controlar a propagação afetaram o mercado de trabalho na União Europeia”, começa por escrever o gabinete de estatística, deixando uma questão: “Como é que isto afetou os números dos que recentemente começaram ou deixaram de trabalhar?”
Os dados mostram que logo no segundo trimestre, quando a primeira onda de infeções atingiu a União Europeia, o número de trabalhadores de saída disparou para os 6,3 milhões, um valor muito mais elevado do que o da crise financeira. Ao mesmo tempo, o número de pessoas a entrar no mercado de trabalho baixou para cinco milhões.
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Segundo o Eurostat, este foi o primeiro trimestre desde 2006 — ano em que começa esta série estatística europeia — em que, na União Europeia, o número de pessoas a sair do mercado de trabalho foi superior ao número de pessoas que entrou.
No terceiro trimestre os números voltaram “ao normal” pré-pandemia com 6,9 milhões a entrarem no mercado de trabalho e apenas 3,8 milhões estavam de saída.
No quarto trimestre, o número de trabalhadores a conseguir emprego baixou para os 6,8 milhões, um número “perto” do que se registou durante a crise financeira de 2008/2009 e também durante a crise das dívidas soberanas em 2012/2013.
Fora dos períodos de crises, o número de pessoas a começar um novo trabalho na União Europeia tem estado acima dos sete milhões.
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