Ministro brasileiro da Economia afasta demissão
Paulo Guedes, admite que tem sido mais difícil do que imaginava tirar do papel o seu plano liberal. E reconhece que apoio de Bolsonaro à agenda liberal tem vindo a diminuir.
O ministro brasileiro da Economia, Paulo Guedes, revelou, em entrevista à Globo (aceso livre), que não pensa em sair do Governo, porque tem “sentido de responsabilidade”. Isto apesar de sentir uma falta de adesão do Presidente à sua agenda liberal e dos rumores de desmembramento do seu ministério.
“Tinha uma fé um pouco ingénua de que tudo seria muito mais rápido e de que as transformações seriam muito mais profundas”, admite Paulo Guedes relativamente às dificuldades que tem sentido em tirar do papel o seu plano liberal. Reconhecendo que o apoio de Jair Bolsonaro à agenda liberal tem vindo a diminuir, isso não justifica sair do Executivo. “O Presidente brinca que já foi 99% [a favor da agenda liberal], agora é 97%. Eu brinco: «Não, Presidente, o senhor está em 65%»”, conta em jeito de paródia.
Desgastado pelo impasse do Orçamento de 2021, o ministro da Economia reconhece que há pressões políticas para desmembrar a sua pasta, refundando o ministério do Planeamento, mas garante que o Presidente nunca falou nisso seriamente com ele. “A nossa capacidade de implementar uma política consistente, como estamos a fazer, depende de estarmos juntos. Se houver um comando duplo, triplo na Economia, rapidamente vamos para a desorganização”, alerta o responsável.
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