Funcionários públicos vão fazer greve a 20 de maio
A Frente Comum anunciou que os trabalhadores da Administração Pública vão parar a 20 de maio. "Vai ser uma greve com grande impacto", disse Sebastião Santana aos jornalistas.
A Frente Comum anunciou que os trabalhadores da Administração Pública vão parar a 20 de maio. A greve servirá para reivindicar o aumento geral dos salários, a valorização das carreiras, a correção da tabela remuneratória única (TRU) e a revogação do sistema de avaliação de desempenho dos funcionários públicos (SIADAP). “Vai ser uma greve com grande impacto“, disse Sebastião Santana, em declarações aos jornalistas, esta terça-feira. Os trabalhadores da saúde ficarão de fora desta paralisação, pelo que não se esperam perturbações nestes serviços.
“Chegou o momento dos trabalhadores da Administração Pública dizerem basta“, sublinhou o líder da Frente Comum. Em conferência de imprensa, Sebastião Santana anunciou que para o dia 20 de maio serão convocadas greves “em muitos setores” do Estado, da administração local à administração central. “Vai ser uma greve com grande impacto”, frisou o sindicalista. Os trabalhadores da saúde ficarão, contudo, fora desta paralisação, pelo que se espera que, neste caso, os serviços funcionem normalmente no dia 20.
Esta greve é convocada numa altura em que sindicatos e Governo está a negociar a revisão do SIADAP, tendo sido marcada para a próxima segunda-feira a segunda reunião sobre essa matéria, conforme avançou o ECO. De acordo com o memorando já apresentado, a intenção do Executivo é acelerar as progressões nas carreiras — admitindo a majoração das quotas nos serviços com melhores avaliações — já que se consideram os atuais dez anos excessivos. A Frente Comum entende, contudo, que todo o sistema deveria ser revogado e substituído por outro modelo mais justo.
Essa é uma das reivindicações que justificam a greve marcada para o fim de maio, segundo a Frente Comum. Aos jornalistas, Sebastião Santana disse que não considera que a paralisação possa prejudicar a negociação em curso, já que o que está a acontecer é apenas um “simulacro de negociação” no âmbito do qual o Governo não apresentou uma proposta mais concreta, nem respondeu às propostas dos sindicatos.
Além do SIADAP, a greve em questão servirá também para reivindicar o aumento geral dos salários, a dignificação das carreiras, a correção da TRU e a defesa dos serviços públicos. Esta marcada também para dia 20 de maio uma concentração dos trabalhadores da Administração Pública, junto à Presidência do Conselho de Ministros.
“Os aplausos aos trabalhadores da Administração Pública que se desdobram durante a pandemia estão longe de responder à exigida valorização do seu trabalho“, defende o sindicato liderado por Sebastião Santana, na convocatória distribuída pelos trabalhadores.
(Notícia atualizada às 12h38)
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