Governos e elétricas querem construir Península Ibérica “mais verde”
Sara Aagesen, secretária de Estado da Energia de Espanha, diz que os dois países podem ser líderes na transição energética. Galamba destacou a impotância do investimento e desenvolvimento tecnológico.
Portugal e Espanha têm todo o potencial para serem líderes na transição energética, construindo uma Península Ibérica “mais verde, mais digital e inclusiva”. A garantia foi dada por Sara Aagesen, secretária de Estado da Energia de Espanha no segundo encontro dos Seminários Ibéricos de Energia, organizada pela Fundação Repsol, a Câmara de Comércio Espanhola e a Câmara de Comércio Espanhol-Portuguesa. A governante espanhola salientou ainda a importância da colaboração público-privada para acelerar esta transição.
Por seu lado, o seu homólogo português, o secretário de Estado da Energia de Portugal, João Galamba, destacou no evento a importância do investimento e do desenvolvimento tecnológico para o avanço na transição energética.
Sentados à mesma mesa, Andy Brown, CEO da GALP, Miguel Stilwell d’Andrade, CEO da EDP e EDP Renováveis, Antonio Brufau, presidente da Repsol, e Francisco Reynés, presidente executivo da Naturgy, também analisaram o papel que cabe ao setor energético dos dois países na mesa redonda “Empresas e colaboração público-privada: o acelerador na transição energética na Península Ibérica”.
Para Antonio Brufau, da Repsol, o setor energético enfrenta novos desafios no contexto atual, mas também novas oportunidades, entre elas a colaboração público-privada, que considerou ser fundamental. O presidente da Repsol salientou a necessidade de avançar para uma economia descarbonizada e digitalizada, e assegurou que “é necessário apostar na força industrial, a ciência e a tecnologia, procurando as soluções mais competitivas para conseguir uma transição energética justa”.
Andy Brown, CEO da Galp, mencionou que a colaboração entre entidades públicas e privadas será fundamental para aumentar a competitividade e facilitar o desenvolvimento de novos negócios na Península Ibérica, tais como o hidrogénio e a cadeia de valor das baterias.
Durante o seu discurso, Miguel Stilwell d’Andrade referiu por seu lado que é necessário avançar para uma transição energética rentável e em harmonia com a sociedade. O CEO da EDP e da EDP Renováveis afirmou que os fundos europeus são uma oportunidade para avançar nesta direção, promovendo a inovação e a ciência.
Francisco Reynés, da Naturgy, salientou que o setor público e as empresas devem trabalhar em conjunto para alcançar as condições necessárias para promover o investimento no quadro da transição energética.
Os Seminários Ibéricos de Energia tiveram início a 8 de junho e o último encontro terá lugar a 29 de junho, com foco na análise do papel da Europa face aos objetivos climáticos, o panorama geopolítico e as megapotências energéticas no contexto ibérico. Contará com a participação de Reyes Maroto, Ministra da Indústria, Comércio e Turismo de Espanha e João Pedro Matos Fernandes, Ministro do Ambiente e Transição Energética de Portugal.
A Fundação Repsol, a Câmara de Comércio Espanhola e a Câmara de Comércio Hispano-Portuguesa estão a organizar os Seminários Ibéricos de Energia, um ciclo de três encontros digitais para explorar as oportunidades e sinergias entre Espanha e Portugal, para avançar em conjunto no sentido de uma transição energética sustentável e inclusiva.
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