Apritel diz que preço das comunicações desce mais em Portugal que em países com fidelização restrita
"Os dados do Eurostat contrariam a tese da Anacom de que mais restrições à fidelização potenciam descidas de preços", defende a Apritel.
A associação dos operadores de comunicações eletrónicas (Apritel) afirmou esta quarta-feira que o preço das comunicações “desce mais em Portugal do que nos países com restrições à fidelização”, contrariando “a tese” do regulador Anacom.
Os dados do Eurostat relativos a maio “demonstram mais uma vez a forte dinâmica competitiva do mercado português de comunicações eletrónicas”, salienta a Apritel, numa nota sobre os preços do setor praticados em Portugal. “Os dados do Eurostat contrariam a tese da Anacom [Autoridade Nacional de Comunicações] de que mais restrições à fidelização potenciam descidas de preços”, aponta a associação.
“França e Dinamarca, os exemplos dados pelo regulador, ou viram os seus preços aumentar significativamente no período (+2,5% em França) ou tiveram os preços praticamente estagnados (-0,1% na Dinamarca)”, acrescenta. Nos últimos 12 meses, “a competitividade do setor nacional sai reforçada: em média, o índice dos preços IHPC reduziu-se 0,8% enquanto na EU27 apenas desceu 0,2%”.
Nos serviços em pacote, que é o que as famílias portuguesas mais utilizam e que no final do ano passado eram subscritos por 88 em cada 100 famílias, de acordo com a Anacom, “Portugal é o quinto país onde os preços mais baixaram nos últimos 12 meses: -2,0%”.
O preço das telecomunicações praticado em Portugal é um assunto que tem sido alvo de discórdia entre os operadores de telecomunicações e a Anacom, que tem alertado para o aumento dos preços das comunicações.
“Os comparativos de evolução de preços suportados no IHCP do Eurostat não podem ser utilizados para comparar níveis de preços entre países, apenas a evolução dos mesmos, e com as devidas precauções”, reitera a Apritel.
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