Depósitos das famílias atingem recorde de 166,7 mil milhões de euros
Famílias tinham 166,7 mil milhões de euros em depósitos junto da banca no final do mês passado. É um novo recorde.
Mês após mês, as famílias têm vindo a acumular euros nas contas bancárias. Com as restrições da pandemia, gastá-los tem-se revelado “tarefa” complicada, levando a recordes sucessivos do montante em depósitos. Em maio, mês em que começaram a ser aliviadas as medidas adotadas para controlar a Covid-19, o saldo voltou a aumentar para os 166,7 mil milhões de euros.
Depois de se ter fixado nos 165,47 mil milhões em abril, maio voltou a registar-se um aumento do montante depositado pelos particulares junto das instituições financeiras, alcançando-se um novo máximo histórico. O saldo cresceu, de um mês para o outro, em 1,2 mil milhões de euros, de acordo com os dados disponibilizados pelo Banco de Portugal.
No espaço de um ano, o valor depositado junto dos bancos cresceu 11,5 mil milhões de euros. “A taxa de variação anual foi de 7,5%, valor 0,1 pontos percentuais acima do registado em abril”, refere o supervisor do sistema financeiro.
Olhando para todo o período da pandemia, o aumento é ainda mais expressivo. Se no final de março de 2020 havia 152,4 mil milhões de euros em depósitos, agora há mais 14,46 mil milhões de euros.
Os depósitos ajudam a explicar o salto registado na taxa de poupança das famílias portuguesas, já que são o produto preferido pelas famílias para poupar. No primeiro trimestre deste ano, ou seja, só até março, taxa de poupança dos portugueses subiu para 14,2% do rendimento disponível.
A poupança bruta dos portugueses entre o segundo trimestre de 2020 (a pandemia chegou no final do primeiro trimestre a Portugal) e o primeiro trimestre de 2021 totalizou 21,2 mil milhões de euros, de acordo com os cálculos do ECO com base nos números divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Aumentou em 9,5 mil milhões.
E a expectativa é de que a poupança cresça ainda mais. No boletim económico de junho, o banco central calcula que os portugueses vão acumular riqueza “adicional” (ou seja, face ao que normalmente poupam) entre 2019 e 2023 o equivalente a quase 9% do PIB ou 11,9% do rendimento disponível. Ou seja, nestes quatro anos terão acumulado mais 17,5 mil milhões de euros em poupança do que se estimava antes da pandemia.
(Notícia atualizada às 11h30 com mais informação)
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