Saldo da presidência portuguesa da UE é “muito, muito positivo”, diz Marcelo

O Presidente da República faz um balanço positivo da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (UE), que diz ter-se desenrolado durante um “tempo terrível”, de pandemia. Marcelo Rebelo de Sousa destacou feitos como a aprovação do certificado digital Covid-19 e a Cimeira Social, no Porto.

“Portugal conseguiu condições para a aprovação dos Planos de Recuperação e Resiliência, do quadro financeiro plurianual, da lei do clima, do novo acordo da Política Agrícola Comum, realizou cimeira social e com a Índia”, sublinhou o Presidente da República, em declarações transmitidas pelas televisões.

Marcelo Rebelo de Sousa apontou ainda que “foi possível por de pé a missão europeia para intervenção em Cabo Delgado, Moçambique”, bem como “passos importantes, em tempos difíceis, da aprovação do certificado digital”. Destaque também para o “contacto com a nova administração norte-americana e a abertura de diálogo com novos continentes”.

Para o Presidente, o saldo desta presidência, que foi “muito diversa”, é, “nestas várias vertentes, muito, muito positivo, porque é ele que vai permitir que fundos europeus cheguem a partir do começo do segundo semestre, que haja o acelerar da recuperação, económica e social, da abertura ao mundo e que haja também passos significativos no diálogo com outras realidades mundiais”.

Ainda assim, Marcelo reconhece também que existiram também “momentos em que cada Estado teve uma posição significativa” e que ocorreu alguma divisão. Quanto ao caso da Hungria, após Estados-membros terem escrito uma carta sobre direitos LGBT, salienta que “Portugal disse que logo que pudesse enquanto pais definir posição, definiria”. “Enquanto presidente de toda uma UE, poderia dizer que UE não tolera discriminações, intolerâncias, xenofobias, mas Portugal não iria tomar posição própria, autónoma, antes de terminar presidência”, aponta.