BRANDS' TRABALHO O contributo das práticas de GRH na Gestão do Conhecimento Organizacional
Edilvado João, Consultant EY, People Advisory Services, fala de que forma as práticas de gestão de recursos humanos podem contribuir para a Gestão do Conhecimento Organizacional.
De acordo com o relatório da OCDE (2014), relativo ao Fórum Global sobre a Economia do Conhecimento, não existem dúvidas de que estamos a viver a era da economia baseada no conhecimento. Já os autores Ragab & Arisha (2013) sublinham que o conhecimento é a moeda da economia atual, um recurso valioso para as organizações e chave para a criação de vantagem competitiva sustentável. Na verdade, o conhecimento desempenha um papel fundamental para o alcance da vantagem competitiva sustentável, quer para as organizações como para as próprias nações.
A firmação do conhecimento como fonte de vantagem competitiva deu origem ao aparecimento de um campo de estudo novo, a Gestão do Conhecimento Organizacional (GCO).
Os estudos da Teleos (MAKE – Most Admired Knowledge Enterprise) premiam as empresas que mais se destacam na área da GCO nas várias geografias. A edição de 2017 do MAKE destaca algumas empresas de renome como a Apple, Facebook, GE, Google e IBM. As empresas são avaliadas em determinadas dimensões como a criação de culturas organizacionais orientadas para o conhecimento, o desenvolvimento de trabalhadores e líderes do conhecimento, inovação, maximização do capital intelectual da empresa, gestão do conhecimento possuído pelos clientes, transformação do conhecimento organizacional em valor para o cliente, colaboração, partilha de conhecimento na organização e aposta na aprendizagem organizacional.
Já a edição do Europe MAKE do mesmo ano, avaliando as mesmas dimensões, premiou empresas como Lego, Siemens, SAP, entre outras.
Outro estudo relevante é o da Knowman, consultora que realiza estudos sobre as estratégias de GC nas organizações portuguesas e espanholas. O estudo de 2019, no qual participaram 114 empresas portuguesas e 39 empresas espanholas, que operam em diversos setores, revela que 98 das empresas inquiridas admitiram estar minimamente despertas para a GCO.
De uma forma global, os resultados do estudo, à semelhança dos anos anteriores, demonstram que ainda há muito por fazer para que as empresas passem a adotar estratégias efetivas de GCO nas duas geografias. No entanto, 46% das empresas inquiridas em Portugal revelaram que têm visto a GCO a ajudar na otimização dos seus processos organizacionais.
"A Gestão do Conhecimento Organizacional tornou-se um fator diferenciador para as organizações que pretendem alcançar a vantagem competitiva sustentada”
A literatura sobre a GCO e Gestão de Recursos Humanos (GRH) apresenta vários estudos empíricos, que analisaram o relacionamento entre estas duas áreas.
As práticas de gestão de recursos humanos podem contribuir para a GCO, de forma prática, de diferentes formas:
- O R&S contribuem para a GC, sobretudo no processo de aquisição de conhecimento chave para as organizações;
- A socialização contribui significativamente para a partilha e criação de conhecimento;
- A retenção contribui para o “armazenamento” do conhecimento chave para a organização;
- A existência de planos de recompensas atrativos, a formação, a avaliação de desempenho, a motivação e a comunicação facilitam a criação e partilha de conhecimento nas organizações;
- O desenvolvimento do trabalho em equipa encoraja e facilita a partilha do conhecimento, criando valor acrescentado para o cliente;
- A criação de culturas organizacionais orientadas para os resultados têm um efeito positivo nos colaboradores, relativamente aos processos de criação, partilha e utilização do conhecimento;
- A adoção das TIC´s tem um impacto bastante significativo nos processos de partilha, criação e armazenamento de conhecimento;
A GCO tornou-se um fator diferenciador para as organizações que pretendem alcançar a vantagem competitiva sustentada. Neste sentido, as práticas de gestão de recursos humanos podem desempenhar um papel fundamental, contribuindo para a eficácia dos Processos e Práticas da GCO e, consequentemente, para a eficácia das organizações.
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