Insolvências sobem 16% no semestre, mas nasceram mais empresas
As ações de insolvência aumentaram 16,1% no primeiro semestre deste ano. Ao mesmo tempo, o número de novas empresas subiu 14%, mostram os dados da Iberinform.
As ações de insolvência aumentaram 16,1% no primeiro semestre deste ano, face ao período homólogo de 2020, e as constituições acumulam um crescimento de 14,2%, segundo dados divulgados pela Iberinform. As ações de insolvência totalizaram 2.806 no primeiro semestre, mais 389 do que no ano passado.
Ainda no que respeita às insolvências, e analisando apenas o mês de junho, foi registado um decréscimo de 10,7% em relação ao mesmo mês do ano passado, para um total de 432 insolvências, menos 52, “o que poderá traduzir uma tendência de decréscimo deste indicador”, de acordo com a Iberinform.
Por tipologia de ação, o semestre fechou com um aumento de 24% nas Declarações de Insolvência Requeridas (DIR) por terceiros, enquanto as Declarações de Insolvência Apresentadas (DIA) pelas próprias empresas diminuíram 4,1%. Os encerramentos com plano de insolvência aumentaram 43,7% face a 2020, evoluindo de 23 para um total de 33.
No período em análise, foi declarada a insolvência de um total de 1.683 empresas, o que corresponde ao encerramento de mais 295 processos que no período homólogo de 2020 (+21,2%).
Porto e Lisboa são os distritos com os valores mais elevados, 697 e 652 insolvências, respetivamente, com aumentos de 33,9% e de 15,4%. Seis distritos apresentam uma diminuição nas insolvências: Horta (-66,7%), Angra do Heroísmo (-58,8%), Bragança (-45%), Faro (-30,1%), Santarém (-22,6%) e Beja (-18,8%).
Já os aumentos mais significativos verificaram-se nos distritos de Vila Real (+141,7%), Guarda (+64,3%), Castelo Branco (+38,9%), Lisboa (+33,9%), Portalegre (+33,3%) e Coimbra (+32,3%). Na Madeira, houve uma subida de 26,3% face a 2020 e em Porta Delgada o incremento situou-se nos 10%.
Por setores, os aumentos mais significativos registaram-se nas atividades de Eletricidade, Gás, Água (+150%), Telecomunicações (+133,3%), Hotelaria e Restauração (+76,6%) e Indústria Extrativa (+75%). No setor da Construção e Obras Públicas, as insolvências cresceram 27,1%, enquanto o Comércio de Veículos teve um aumento de 14,6% face ao ano passado.
A Indústria Transformadora foi uma das áreas de atividade onde o aumento das insolvências foi mais reduzido (+3,5%), tal como o setor do Comércio a Retalho (+2%). Apenas o setor dos Transportes diminuiu o número de insolvências, com uma queda de 9,3% face ao mesmo período do ano passado.
Criadas 20.868 empresas até junho
No que respeita às constituições, no primeiro semestre foram criadas 20.868 novas empresas, mais 2.599 do que no ano passado. O número de constituições mais significativo verifica-se em Lisboa, com 6.269 novas empresas, e no Porto, com 3.843 constituições (acréscimos de 8,9% e 14%, respetivamente).
As constituições aumentaram em todos os distritos com as subidas mais significativas a registarem-se em Bragança (+83%), Horta (+74,2%), Madeira (+64,6%), Beja (+29,8%), Guarda (+27,9%), Angra do Heroísmo (+ +26,8%) e Leiria (+25%). Por setores, apenas os Transportes apresentam um decréscimo de 36,3% face a 2020.
Todos os outros setores de atividade veem crescer o número de novas empresas constituídas com os aumentos mais significativos a verificarem-se nas atividades de Indústria Extrativa (+72,7%), Comércio a Retalho (+42,6%), Agricultura, Caça e Pesca (+34,3%), Telecomunicações (+21,4%) e Construção e Obras Públicas (+20,6%).
O setor da Hotelaria e Restauração teve “um aumento modesto” de 3%, enquanto a Indústria Transformadora apresenta um incremento de 2,7%.
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