FCT e Google destinam 1,7 milhões de euros para IA em Portugal
A FCT e a Google destinaram 1,7 milhões de euros para investigação na área da inteligência artificial (IA) em Portugal, nas áreas de processamento de língua natural e IA responsável.
A Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e a Google estabeleceram um acordo que prevê a atribuição de 1,7 milhões de euros para projetos de investigação na área de inteligência artificial (IA) em Portugal.
A informação é avançada pela FCT esta segunda-feira, que explica que este apoio “vai-se traduzir na disponibilização de créditos em serviços de IA na plataforma da Google Cloud no valor de dois milhões de dólares”. As verbas serão atribuídas através de um concurso para projetos, que será lançado em setembro pela FCT.
A iniciativa tem a duração de dois anos e, numa primeira fase, a FCT aponta duas subáreas prioritárias de investigação dentro da IA: processamento de Língua Natural, “nomeadamente a criação de modelos e ferramentas computacionais para a língua portuguesa”; e a IA Responsável, que visa o desenvolvimento de sistemas que sigam princípios éticos e que permitam a explicabilidade do seu comportamento.
No segundo ano, prevê-se a criação de um ecossistema de suporte às atividades de investigação e inovação em IA em Portugal.
“O desenvolvimento da investigação da Inteligência Artificial nestas subáreas permite, por exemplo, disponibilizar em grande escala o acesso à informação e a comunicação entre idiomas, culturas e competências, e Portugal tem já grandes histórias de sucesso neste campo, como a Unbabel e a Priberam”, explica a FCT.
A colaboração com a Google vai permitir complementar os apoios que já existem e são prestados pela FCT no âmbito da Rede Nacional de Computação Avançada (RNCA).
A RNCA disponibiliza recursos computacionais de elevado desempenho através dos seus centros operacionais, nomeadamente o Minho Advanced Computing Centre (MACC), o Laboratório de Computação Avançada da Universidade de Coimbra (LCA-UC), o High Performance Computing da Universidade de Évora (HPC-UÉ) e a Infraestrutura Nacional de Computação Distribuída (INCD).
“A tecnologia tem um papel importante a desempenhar na construção de uma recuperação inclusiva, sustentável e verde. As parcerias público-privadas são a base deste trabalho, e a Google continua a unir esforços com o Governo português de forma a garantir que ninguém é deixado para trás na transição digital”, explicou Fernando Pereira, que é vice-presidente da Google.
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