Portugal tem 70% das camas Covid em cuidados intensivos ocupadas
A ocupação das unidades de cuidados intensivos com casos de Covid-19 revelou “uma tendência crescente” correspondendo atualmente a 70% do valor crítico definido de 255 camas ocupadas.
A pandemia continua a agravar-se em Portugal. A ocupação das unidades de cuidados intensivos com casos de Covid-19 revelou “uma tendência crescente” correspondendo atualmente a 70% do valor crítico definido de 255 camas ocupadas, de acordo com o relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) divulgado esta sexta-feira.
No último mês, este indicador tem vindo a assumir uma tendência crescente. A região de LVT, com 97 doentes internados em UCI, representa 54% do total de casos em UCI, e corresponde a 94% do limite regional de 103 camas em UCI definido no relatório “Linhas vermelhas”.
O valor crítico da ocupação Covid-19 em cuidados intensivos subiu, de acordo com este relatório, para 255 camas. No documento da semana passada, o INSA apontava para um valor crítico de 245 camas e, na altura, a ocupação atingia já os 72% das camas Covid em UCI. A revisão deste patamar não é explicada neste relatório.
Nos últimos 14 dias, a taxa de incidência da Covid-19 por 100 mil habitantes foi de 427 casos, “com tendência crescente a nível nacional”. Já o Rt apresenta valores superiores a 1 a nível nacional (1,07) e em todas as regiões, “indicando uma tendência crescente da incidência de infeções por SARS-CoV-2”.
Em comparação com os valores apresentados no último relatório, o valor do Rt desceu em todas as regiões, indicando uma desaceleração da transmissibilidade da infeção: na região Norte de 1,24 para 1,16, na região Centro de 1,13 para 1,06, na região LVT de 1,07 para 1,01, na região do Alentejo de 1,13 para 1,11, e, na região do Algarve, de 1,15 para 1,08.
Todos os grupos etários apresentam uma tendência crescente da incidência, sendo que o grupo etário com incidência cumulativa a 14 dias mais elevada correspondeu ao grupo dos 20 aos 29 anos (mil casos por 100.000 habitantes).
O grupo etário das pessoas com mais de 80 anos apresentou uma incidência cumulativa a 14 dias de 128 casos por 100.000 habitantes, que reflete um risco de infeção inferior ao risco para a população em geral, mas que ainda assim apresenta um crescimento de 54% em relação ao observado na semana anterior.
O INSA revela ainda que a variante Delta continua a ser dominante em Portugal, com uma frequência relativa de 94,8% nos casos detetados entre 5 a 11 de julho. Esta variante está a causar “uma subida gradual na pressão dos cuidados de saúde” e, antecipa o relatório, nas próximas semanas o aumento de casos “no grupo etário acima dos 80 anos pode vir a condicionar um aumento de número de internados e eventualmente do número de óbitos nas próximas semanas“.
(Notícia atualizada às 22h35 com mais informação)
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