Lucro da Caixa sobe 18% para 294 milhões no primeiro semestre

A Caixa Geral de Depósitos registou lucros de 294 milhões de euros no primeiro semestre do ano, uma subida de 18% em relação ao mesmo período do ano passado.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) registou lucros de 294 milhões de euros no primeiro semestre do ano, o que corresponde a uma subida de 18% em relação ao mesmo período do ano passado, anunciou a instituição esta sexta-feira.

O banco liderado por Paulo Macedo explica que esta evolução é sobretudo “consequência da boa performance dos resultados de operações financeiras“, que dispararam 210% para 122 milhões de euros, sendo que os proveitos core mantiveram “tendência negativa”: a margem financeira caiu 8,5% para 480 milhões de euros, sendo compensada parcialmente pelo aumento das comissões, que subiram 9% para 310 milhões de euros.

A impulsionar os resultados com operações financeiras estão um conjunto de fatores, avançou o CFO José de Brito na conferência de apresentação de contas, incluinto resultados cambiais (20 milhões de euros), ganhos com derivados de taxas de juro (15 milhões) e ganhos com ativos financeiros.

Contas feitas, o produto global regista um crescimento de quase 6% (à boleia dos resultados de operações financeiras) para 858,7 milhões de euros.

A Caixa detalha ainda que o resultado líquido inclui ainda um ganho extraordinário de 44,3 milhões de euros (depois de impostos) decorrentes da reavaliação das responsabilidades com benefícios pós-emprego e provisões para o programa de pré-reformas.

Ou seja, sem contar com efeitos extraordinários, o lucro corrente foi de 250 milhões, aumentando de 26,2% face ao resultado corrente do primeiro semestre de 2020.

Volume de negócios aumenta

Apesar da pressão nas margens, o banco do Estado aumentou o volume de negócios na primeira metade do ano, dado que tanto o crédito como os depósitos aumentaram.

Os empréstimos subiram 2,7% para 49,2 mil milhões de euros até junho, com a Caixa a destacar a subida da nova produção de crédito hipotecário de 65%, “resultando na liderança do mercado com uma quota de nova produção de 24,4%, até maio de 2021”. O banco justifica esta subida expressiva da nova produção com baixa produção no segundo trimestre de 2020, devido ao confinamento.

Já os depósitos de clientes aumentaram 4,5 mil milhões de euros (+6,3%), “impulsionado pelo aumento da taxa de poupança das famílias e demonstrando a confiança e vinculação dos clientes na Caixa”.

5,5 mil milhões em moratória, 8,7% em alto risco

O montante de crédito em moratória decresceu no segundo trimestre, com a Caixa a registar 5,5 mil milhões de euros de empréstimos em suspenso, o equivalente a quase 14% da carteira.

Mais de 90% das moratórias estão em situação de stage 1 e stage 2, sendo que 8,7% estava classificada em stage 3, em situação de incumprimento.

NPL líquidos em 0%

O CEO Paulo Macedo destaque a qualidade da carteira de crédito da Caixa. O rácio de malparado líquido de imparidades atingiu os 0%, isto é, o banco tem crédito problemático e em situação de incumprimento que estão totalmente cobertas por imparidades.

O rácio NPL bruto (sem contar com imparidades) baixou 0,4 pp no último trimestre para 3,2%.

(Notícia atualizada às 18h03)

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