Lloyd’s e Tesouro britânico lançam resseguro de 750 milhões para festivais e eventos ao vivo
Companhias que operam no hub londrino de (re)seguros, incluindo as seguradoras Arch, Beazley, Hiscox e Munich Re apoiam a iniciativa público-privada que pretende apoiar espetáculos e eventos ao vivo.
A indústria seguradora, representada por diversos sindicatos que operam no mercado Lloyd’s of London, associou-se a uma iniciativa do governo britânico para fornecer cobertura de seguros à indústria de eventos e espetáculos ao vivo, um setor fragilizado pelas restrições da pandemia.
Com as pessoas em desconfinamento e a economia a reanimar, à medida que cresce a proporção de vacinados e diminuem as restrições impostas pela pandemia, Rishi Sunak, responsável do Tesouro britânico, anunciou o esquema de resseguro, por montante estimado de até 750 milhões de libras esterlinas (cerca de 880 milhões de euros), para proteger um setor que, representando 70 mil milhões de libras anuais para a economia e mais de 700 mil empregos, tem enfrentado dificuldade de acesso a seguros adequados aos riscos que a pandemia coloca aos promotores de eventos, como festivais de música ao vivo.
A parceria entre a chancelaria do Tesouro e a Lloyd’s visa a criação do Events Reinsurance Scheme, integrado no programa do governo para o Emprego (Plan for Jobs), formaliza-se através de um mecanismo – para programação de espetáculos futuros – no qual o Governo do Reino Unido atuará como “ressegurador”, fornecendo a garantia pública de que as seguradoras precisam para responder às necessidades de proteção reclamada pelas empresas de espetáculos ao vivo, feiras e outros eventos públicos de empresas abertos ao público em geral.
“O Lloyd’s tem apoiado os clientes desde o princípio da pandemia, e temos gosto em renovar esse esforço através da parceria com o governo do Reino Unido para concretizar o Live Events Reinsurance Scheme,” disse John Neal, CEO, do Lloyd’s of London.
O novo mecanismo de resseguro para eventos com público prevê que os organizadores possam contratar apólices de forma mais flexível e, em caso de cancelamento devido a restrições decretadas pelo governo, sejam indemnizados com base num esquema de risco partilhado entre o Tesouro e as seguradoras, explica um comunicado.
Diversos syndicates do hub londrino de seguros, incluindo companhias como Arch, Beazley, Hiscox e Munich Re apoiam a iniciativa público-privada, lista o site Insurance Times.
Numa primeira fase, o governo assume 95% da compensação e as seguradoras o restante das perdas incorridas pelos segurados. Progressivamente, 97% do pagamento caberá ao Tesouro e 3% à seguradora e, finalmente, o Tesouro assumirá até 100% do prejuízo, consoante a dimensão das perdas e o que já tiver sido adiantado pela seguradora.
A pandemia ainda não terminou, mas com grande parte da população vacinada, “o país poderá aprender a viver com Covid-19 sem maiores restrições sociais e económicas“, afirma o gabinete do responsável das Finanças do Reino Unido no comunicado que junta declarações de diversos organizadores de espetáculos.
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