Galp recusou formação paga pelo Estado para trabalhadores da refinaria de Matosinhos
A Galp não quis continuar a pagar o salário dos 140 trabalhadores que despediu, reconvertendo-os noutras funções através da formação do IEFP, de acordo com o Governo.
A Galp recusou formação do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) para os seus trabalhadores da refinaria de Matosinhos que foi desativada este ano, uma vez que teria de continuar a pagar os salários e manter os contratos. Esta oferta foi feita em julho numa reunião entre a comissão de trabalhadores, a administração da empresa, a DGERT e o IEFP, antes de se consumar o despedimento coletivo 140 trabalhadores a 15 de setembro, segundo informação prestada pelo Ministério do Trabalho ao Público (acesso condicionado). Questionada pelo jornal, a Galp não respondeu.
Esta notícia surge depois de António Costa ter criticado a empresa numa ação de campanha no município, afirmando que é necessário dar uma “lição” à Galp. “Era difícil imaginar tanto disparate, tanta asneira, tanta insensibilidade, tanta irresponsabilidade, tanta falta de solidariedade como aquela que a Galp deu provas aqui em Matosinhos” com a desativação da refinaria, disse António Costa. “As declarações do secretário-geral do PS foram bem claras“, respalda Luísa Salgueiro, a atual presidente da câmara que se recandidata.
O mesmo não podem dizer os sindicatos Fiequimetal e SITE Norte, que apelidam as declarações de Costa de “cínicas e fingidas”, e a Comissão de Trabalhadores da Petrogal, que diz que estas palavras chegam com meses de atraso. Sobre o futuro dos terrenos da refinaria, ainda está tudo em aberto, existindo reuniões entre a autarquia e a empresa, mas sem nenhum desfecho até ao momento. Em aberto está também a possibilidade de afetar verbas do Fundo para a Transição Justa a Matosinhos para apoiar os trabalhadores, mas nada irá para a Galp, garante Luísa Salgueiro.
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