Reino Unido falhou 1 000 milhões de libras em pagamento de pensões a reformados
Uma auditoria encontrou erros repetidos que se arrastaram durante anos nos serviços de Previdência britânica. As prestações devidas aos pensionistas terão agora de ser pagas.
Os lesados são mais de 100 mil pensionistas residentes no Reino Unido que, tendo requerido pensão de reforma antes de 2016, altura em que foram introduzidas alterações no sistema, têm a haver coletivamente mais de 1 000 milhões de libras esterlinas da Previdência britânica.
Um relatório de inspeção conduzida pelo National Audit Office (NAO), revela que “erros humanos” que se admite foram “quase inevitáveis,” devido ao grau de complexidade de procedimentos (manuais) na apreciação dos processos repetiram-se “durante anos.”
A fiscalização descobriu que o Department for Work and Pensions (DWP) acumulou – e terá de pagar – um total estimado em 1,05 mil milhões de libras (cerca de 1,2 mil milhões de euros) em prestações que não foram pagas a 134 mil pensionistas. Este universo de lesados são pessoas que pediram pensão de reforma antes de abril de 2016 e que, não tendo um registo completo da sua carreira contributiva na segurança social, também não foram contemplados com os aumentos das atualizações aplicadas às pensões de reforma.
A estimativa do que ficou por pagar aos beneficiários do sistema não tem ainda caráter definitivo, mas os cálculos preliminares apontam para um valor médio de 8 900 libras por pessoa e as mulheres estão em maioria entre pensionistas lesados.
A complexidade de regras do sistema público de pensões, computadores e tecnologia informática desatualizada, somados a uma componente excessiva de trabalho manual necessário ao tratamento de cada processo de reforma explicam os erros detetados pela auditoria.
“É vital que o DWP corrija os pagamentos em falta e que implemente mudanças de modo a prevenir problemas semelhantes no futuro,” refere um artigo do site The Actuary, citando Gareth Davies, responsável do organismo de fiscalização (NAO).
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