Morreram 467 pessoas com vacinação completa contra a Covid em Portugal
Relatório de linhas vermelhas mostra que risco de morte por infeção de Covid é duas a quatro vezes menor nas pessoas com vacinação completa do que nas pessoas não vacinadas.
Desde o início do processo de vacinação no país, morreram 467 pessoas que estavam totalmente vacinadas contra o novo coronavírus, mostra o relatório de linhas vermelhas do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), publicado esta sexta-feira. Apesar disso, de acordo com o documento, o risco de morte por infeção de Covid é duas a quatro vezes menor nas pessoas com vacinação completa.
Dos 467 óbitos que faleceram com Covid e com vacinação completa até ao momento, 126 ocorreram apenas no mês de setembro, o equivalente a 58% do total de mortes. Esta fatia é superior à de pessoas que faleceram com vacinação incompleta (13 óbitos, 6%) e à de pessoas que tinham esquema vacinal desconhecido (quatro), diz o relatório. Ou seja, faleceram mais pessoas vacinadas do que não vacinadas.
“O risco de morte, que é medido através da letalidade por estado vacinal, é duas a quatro vezes menor nas pessoas com vacinação completa do que nas pessoas não vacinadas, de acordo com os dados de agosto, mês com os dados consolidados mais recentes”, lê-se. Comparando com agosto, houve um “aumento ligeiro da letalidade nas pessoas com esquema vacinal completo, especialmente nos grupos dos 70 aos 79 anos”.
Analisando as duas semanas, terminadas a 6 de outubro, a mortalidade específica por Covid registou um valor de 7,8 óbitos por um milhão de habitantes, o equivalente a um decréscimo de 7,1% relativamente à semana anterior (8,4 por um milhão de habitantes), “mostrando uma tendência decrescente nas últimas semanas”. Este valor, diz o relatório, é inferior ao limiar de 20 óbitos em 14 dias por milhão de habitantes e ao limiar nacional de 10 óbitos, “o que revela um impacte reduzido da pandemia em termos de mortalidade específica por Covid“.
Ainda a 6 de outubro, a incidência cumulativa a 14 dias foi de 83 casos por 100 mil habitantes em Portugal, “representando uma tendência decrescente”. O relatório salienta o aumento da incidência na região do Alentejo e a diminuição da incidência nas restantes regiões. O Algarve mantém o valor de incidência mais elevado, mas já abaixo do limiar de 240 casos por 100 mil habitantes.
O grupo etário com incidência a 14 dias mais elevada correspondeu ao grupo dos 0 aos 9 anos (142 casos por 100 mil habitantes) que, no entanto, apresenta uma tendência estável a decrescente. O grupo etário dos indivíduos com 80 ou mais anos apresentou uma incidência a 14 dias de 99 casos por 100 mil habitantes, “o que reflete um risco de infeção superior ao risco da população em geral, com tendência estável a crescente”.
O número de reprodução efetivo, R(t), calculado por data de início de sintomas, para o período de 29 de setembro a 3 de outubro de 2021, foi de 0,92 a nível nacional e de 0,91 no continente. Observou-se um valor de R(t) inferior a 1 em todas as regiões, com exceção da região do Alentejo, indicando uma tendência decrescente da incidência de infeção.
Comparando com o relatório da semana passada, o valor médio do R(t) aumentou na maioria das regiões do continente. “Estes resultados sugerem uma estabilização da incidência na maioria das regiões, devido à desaceleração do decréscimo do número de novos casos nestas regiões, e uma inversão da tendência (agora crescente) na região do Alentejo”, refere o relatório.
Na semana terminada a 6 de outubro, contavam-se 57 doentes internados nos cuidados intensivos, ou seja, 22% (na semana passada foi 27%) do limiar definido como crítico de 255 camas ocupadas. Nas últimas semanas, este indicador tem vindo a assumir uma tendência decrescente.
(Notícia atualizada às 20h11 com mais informação)
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